ECONOMIA
Expectativa do PIB do país é reduzida pelo mercado
Aspectos como produção industrial, cotação do dólar e relação entre o PIB e dívida líquida também foram observados por analistas financeiros.
Publicado em 15/05/2012 às 6:30
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a expectativa para o crescimento da economia brasileira este ano – Produto Interno Bruto (PIB) – de 3,23% para 3,2%. Para 2013, a previsão foi mantida em 4,3%.
A expectativa para o crescimento da produção industrial passou de 1,92% para 1,94%, em 2012, e permanece em 3,95%, no próximo ano.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 36,1% para 36%, este ano, e de 34,7% para 34,6%, em 2013.
A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 1,81 para R$ 1,85, tanto para o final de 2012 quanto para o do próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 19,22 bilhões, neste ano, e ajustada de US$ 14,7 bilhões para US$ 14,9 bilhões, em 2013.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 68,54 bilhões para US$ 68,2 bilhões, este ano, e foi alterada de US$ 75 bilhões para US$ 73,5 bilhões, em 2013.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 56,7 bilhões para US$ 55,74 bilhões, neste ano. Para 2013, a projeção subiu de US$ 56,4 bilhões para US$ 57,05 bilhões.
INFLAÇÃO
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida em 0,5 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 29 e 30 deste mês.
A taxa, que atualmente está em 9% ao ano, ainda deve sofrer outro corte e encerrar 2012 em 8% ao ano. Na pesquisa divulgada na semana passada, a previsão era que a Selic encerraria o período em 8,5% ao ano.
Para o final de 2013, os analistas agora também esperam por uma taxa mais baixa. A estimativa foi reduzida de 10% para 9,75% ao ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação no país e influenciar a atividade econômica. O Copom reduz a Selic quando considera que a inflação está sob controle e quer estimular a atividade econômica.
No sentido oposto, a taxa é elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito aquecida, com alta dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.
O BC tem que perseguir a meta de inflação, que é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano em 5,22%, ante 5,12% previstos anteriormente. Para 2013, a projeção caiu de 5,56% para 5,53%.
Portanto, nos dois anos, por essas projeções, a inflação deve ficar acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%.
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