ECONOMIA
Games podem ajudar na relação pai e filho
Pesquisa mostra que 40% dos pais que possuem videogame em casa, costumam jogar pelo menos, uma vez por semana com seus filhos.
Publicado em 08/08/2012 às 6:00
Nem todo pai gosta de ser presenteado com carteira, gravata ou sapato. Na nova geração da tecnologia é comum encontrar diversos “homens de família” apaixonados por produtos que antes eram encarados como exclusivos para os filhos, como os videogames, por exemplo. Neste Dia dos Pais, os videogames podem ser uma excelente opção de presente, pois combinam diversão com benefícios para a mente, corpo e bem estar familiar.
De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pela Entertainment Software Association (ESA), instituto americano especializado em pesquisas sobre a indústria dos computadores e videogames, 40% dos pais americanos que possuem videogame em casa costumam jogar pelo menos uma vez por semana com seus filhos. Desses, 66% acreditam que os jogos estimulam a mente e a educação das crianças, 61% dizem que os videogames aproximam a família e 59% acreditam que os aparelhos potencializam o contato com os filhos.
A pesquisadora do Núcleo de Estudos em Saúde Mental, Educação e Psicometria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mônica Dias Palitot, reitera a pesquisa, explicando que o videogame pode trazer excelentes resultados para o ambiente familiar, melhorando o convívio entre pais e filhos.
“Computadores e videogames tendem a isolar o indivíduo.
Quando os pais participam do contato do filho com a tecnologia, esse potencial isolamento se transforma em interação. É saudável para a relação das crianças com a máquina e da criança com o próprio pai”, explicou.
Um desses pais que não dispensa a diversão dos videogames é o psicoterapeuta João Bezerra Júnior, que explica como o mundo virtual surgiu em sua vida. “Eu tinha quatro anos de idade quando meu pai comprou o videogame. Sempre tive uma relação muito próxima com meu pai, uma relação de amigo mesmo! Das partidas que jogávamos até hoje sinto saudade, era um momento de descontração muito grande e só reforçava todo o afeto, respeito e sinceridade da nossa relação”, lembrou.
Hoje, com 33 anos de idade, João Bezerra experimenta o outro lado da história: ao lado do pequeno João Marcos, 4 anos, ele passa toda a experiência que viveu com seu pai. “Acredito ser uma herança da relação gamer com o meu pai. Foram momentos ótimos que passamos juntos, e agora continuo o legado com o meu filho, só que no papel de pai. Digo para ele que 'estou ensinando o segredo das sagradas artes'”, contou João Bezerra aos risos.
A especialista Mônica Dias Palitot explicou a importância da participação do pai na vida tecnológica do filho, mostrando que essa experiência é essencial para o crescimento sadio das crianças. “O videogame pode ser aliado no desenvolvimento do filho. Esse tipo de relação vai influenciar em toda a vida da criança. Sabemos que hoje em dia muitos pais não têm disponibilidade para participar do dia a dia do filho. Com os videogames, os pais se divertem e aumentam a diversão, criando relação de proximidade com a criança”, disse. O psicoterapeuta João Bezerra mostrou ainda que os benefícios ao ter como parceiro de jogo seu filho, vão além da simples diversão. “Acho importante a minha participação no mundo virtual para poder controlar e acompanhar as tendências, mas o fato de estar ao lado do meu filho brincando e rindo realmente é impagável! É o melhor momento do dia para mim”, concluiu João Bezerra.
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