ECONOMIA
Genéricos variam até 220% em JP
Levantamento de preços em farmácias da capital, mostrou que preço de alguns medicamentos genéricos possuem variação acima de 100%.
Publicado em 18/02/2012 às 6:30
Vistos como uma alternativa aos medicamentos de “marca”, os remédios genéricos em algumas farmácias já não são tão baratos quanto poderiam ser. Para economizar, não basta mais que o consumidor opte pelo “G” de genérico, mas será preciso também fazer uma vasta pesquisa de preços nos estabelecimentos.
Levantamento de preços de medicamentos de uso contínuo por pacientes e consumidores realizado pelo JORNAL DA PARAÍBA revela que o valor cobrado por um mesmo remédio varia 220% em farmácias de João Pessoa.
A maior variação de preços foi verificada na caixa do antibiótico amoxilina de 500 miligramas com 15 comprimidos. Enquanto que o menor preço cobrado é de R$ 5,90, o maior preço é de R$ 18,90, o que representa uma diferença de R$ 13,90 (220%).
Uma variação acima de 100% também foi verificada no preço do atenolol de 100 miligramas. O medicamento utilizado para o controle da pressão arterial pode ser comprado entre R$ 7,90 e R$ 23,30, o que representa uma diferença de 194,9%.
Já a menor diferença de preços foi verificada no anti-inflamatório diclofenaco de potássio de 50 mg. A variação verificada foi de 38,1%, sendo o menor valor R$ 5,90 e o maior R$ 8,15.
O coordenador do Procon Municipal de João Pessoa, Sandro Targino, comentou que a melhor saída para o consumidor continua sendo a pesquisa de preços. “O consumidor deve sempre pesquisar os preços. Como a qualidade dos medicamentos é aferida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o consumidor pode pesquisar e optar pelo de menor valor”, aconselhou.
A pesquisa foi realizada em quatro das maiores redes de farmácias com estabelecimentos em João Pessoa e buscou verificar os preços de dois antibióticos, um anti-inflamatório, um medicamento da ansiedade e um para pressão arterial. Os remédios escolhidos estão entre os mais prescritos para o tratamento de doenças crônicas como hipertensão, anti-inflamatórios, antidepressivos, ansiolíticos e antibióticos. (Confira na tabela os valores mínimos e máximos dos medicamentos pesquisados).
A reportagem tentou entrar em contato com o presidente em exercício do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos farmacêuticos de João Pessoa (Sindifarma-JP), Herbert Almeida, para comentar a variação de preços, mas não obteve retorno.
Com base no levantamento de preços realizado pelo Jornal, o coordenador do Procon da capital vai realizar uma pesquisa para verificar os preços que estão sendo praticados.
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