ECONOMIA
Índice de consumidores endividados em CG cresce 21,5% em 2019
Empresas da cidade também registraram uma alta na quantidade de dívidas.
Publicado em 07/01/2020 às 18:10 | Atualizado em 08/01/2020 às 9:59
De acordo com um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) divulgado nesta terça-feira (7), a inadimplência entre consumidores de Campina Grande aumentou 21,5% em 2019. Segundo os números, 15.065 consumidores adquiriram uma nova dívida no ano que terminou. Além dos consumidores, as empresas campinenses também concluíram 2019 mais endividadas do que nos anos anteriores, conforme dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) colhidos pela CDL.
Os números contrariam o aumento de empregos e a alta na economia da cidade registrada também no ano passado, e evidenciam que, mesmo ganhando melhor, os consumidores de Campina Grande não se preocuparam em quitar as dívidas ao longo do ano. Em 2018, a quantidade de pessoas que terminaram o ano negativadas na cidade foi de 12.398.
Os dados do SPC Brasil também revelam que 1.983 pessoas jurídicas campinenses obtiveram alguma dívida e estão com nomes no registro nacional de inadimplentes. Esse número também é maior, em cerca de 11%, do que o registrado no ano de 2018, quando 1.781 empresas de Campina Grande se tornaram inadimplentes.
Ao todo, a CDL constatou que existem 32.794 registros, tanto de pessoas físicas (29.210) quanto de jurídicas (3.854), com restrições pendentes junto ao SPC Brasil. Essas dívidas foram adquiridas nos últimos cinco anos, e o valor ativo das dívidas dos campinenses junto ao SPC é de mais de R$ 48 milhões.
Débitos vencidos
Cerca de 2.596 registros de débitos prescreveram em Campina Grande, nos últimos seis meses. Desses, 2.403 débitos são de pessoas físicas e 193 de pessoas jurídicas que somam cerca R$ 2,4 milhões. Este valor foi "perdoado" após cinco anos, e deixou de circular na economia local.
“O faturamento das empresas e a sua capacidade de honrar as contas acabam sendo impactados pela atividade econômica do país, que ainda sofre com os efeitos de uma crise prolongada a qual enfrentamos recentemente e ainda continuamos pagando o preço por ela”, afirmou o presidente da CDL, Artur Bolinha.
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