ECONOMIA
Indústria de vidros em Goiana mira a Paraíba
Instalação da empresa, irá gerar 370 postos de trabalho diretos e 1,5 mil indiretos, causando impacto na economia de cidades paraibanas.
Publicado em 16/03/2012 às 6:30
A Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), que vai se instalar em Goiana, em Pernambuco, já mira uma indústria de beneficiamento na Paraíba.
O presidente do Grupo Cornélio, Paulo Drummond, adiantou ontem que está em negociação com representantes do Estado para instalação de uma nova empresa.
"O beneficiamento da matéria-prima poderá ser feito na Paraíba. Estamos discutindo com as autoridades do Estado, mas não temos ainda um prazo", revelou Drummond.
A ampliação dos investimentos do Grupo Cornélio Brennand foi anunciada, ontem, no lançamento da CBVP em Goiana. A indústria vai gerar 370 postos diretos e 1,5 mil indiretos. Os dirigentes da empresa garantiram que parte dos empregos diretos e indiretos gerados na Companhia de Vidros serão destinados à Paraíba. O investimento será de R$ 770 milhões e deverá impactar as cidades paraibanas próximas a Goiana.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também reforçou a projeção que a fábrica e o desenvolvimento da região trazem aos municípios que fazem divisa com a Paraíba.
"Nos moldes de como se dá a parceria para construção da Fiat, a fábrica de vidros trará retorno para os trabalhadores paraibanos e para as fábricas que compõem a região", destacou.
Também presente no evento, representando o governador Ricardo Coutinho, a presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP), Margarete Bezerra, relembrou que o outro grupo da família, o Grupo Ricardo Brennand investe na Paraíba com uma fábrica de cimento em Pitimbu.
"Toda a Região ganha com estes empreendimentos que vão se instalar. Isto vai formando um polo de desenvolvimento que deverá gerar riquezas tanto para Pernambuco como para a Paraíba", destacou Margarete.
O projeto de construção da CBVP em Goiana tem previsão de iniciar sua produção em agosto do próximo ano. A capacidade de produção da empresa será de 900 toneladas por dia, beneficiando a matéria-prima para produção não só de vidro e também para laminados e espelhos. O faturamento anual estimado pela direção do companhia será de R$ 500 milhões.
Do total produzido pela indústria, 65% será destinado ao setor de construção civil. Outros 20%, à indústria automobilista, dentre as quais estará a Fiat. E os 15% restantes serão dedicados à indústria moveleira.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; além dos sócios acionistas da empresa e representantes do setor vidraceiro.
*O repórter Demócrito Garcia viajou para Goiana (PE) a convite da Companhia Brasileira de Vidros Planos.
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