ECONOMIA
Inflação desacelera em junho
Dados divulgados pelo IBGE revelaram redução de 0,08% do IPCA no mês de junho, em comparação a maio, quando a taxa foi de 0,36%.
Publicado em 07/07/2012 às 6:00
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, diminuiu para 0,08% em junho. O resultado, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou bem abaixo do observado em maio, quando a taxa ficou em 0,36%. Em junho de 2011, o IPCA ficou em 0,15%. As informações são da Agência Brasil.
O índice registrado em junho é o menor desde agosto de 2010 (0,04%). Com isso, o IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta acumulada de 2,32%, inferior aos 3,87% relativos ao primeiro semestre de 2011. Considerando os últimos 12 meses encerrados em junho, o índice acumulou elevação de 4,92%, o mais baixo resultado desde setembro de 2010 (4,7%) e inferior ao relativo aos 12 meses imediatamente anteriores (4,99%).
A diminuição da inflação oficial para 0,08% em junho foi puxada pela queda nos preços dos automóveis novos. Segundo o documento divulgado IBGE, esses veículos ficaram em média 5,48% mais baratos em junho, influenciados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em vigor desde 21 de maio.
O movimento também causou impacto no mercado dos automóveis usados, cujos preços tiveram queda de 4,12%.
Juntos, automóveis novos e usados contribuíram com -0,26 ponto percentual no índice. Além disso, os preços dos combustíveis (de -0,64% em maio para -0,51% em junho) continuaram em queda, embora menos acentuada, e também pressionaram para baixo a taxa do grupo transportes, que registrou -1,18% no mês. No mesmo grupo, o etanol apresentou variação de –1,24%, depois de cair 1,34% em maio; e a gasolina ficou em –0,41%, após registrar -0,52% um mês antes.
Por outro lado, pesaram mais no bolso do consumidor, na passagem de maio para junho, as tarifas dos ônibus urbanos (de 0,07% para 0,87%), dos ônibus intermunicipais (de –0,1% para 0,97% em junho) e as aéreas (de –10,85% para 0,76%).
Também contribuíram para a conter a inflação os grupos habitação (de 0,8% para 0,28%), com a influência de energia elétrica (de 0,72% para -0,67%); e artigos de residência (de 0,17% para –0,03%), com destaque para eletrodomésticos (de 0,46% para -1,2%).
Os preços dos alimentos tiveram alta, porém com menor intensidade do que no mês anterior, e a taxa relativa ao grupo passou de 0,73% para 0,68%.
Apesar da pequena desaceleração em junho, a alta dos preços dos alimentos pesou mais no orçamento das famílias de menor renda. O Índice Geral de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para os lares com renda de 1 a 8 salários mínimos, subiu 0,26% no mês passado, acima dos 0,08% do IPCA, cuja abrangência é maior (1 a 40 salários). Os dois índices são calculados pelo IBGE e foram divulgados ontem.
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