Instituições estimulam pesquisas avançadas

Uma das possíveis 'explicações' para o fato de Campina Grande ter recebido esse título, de 'bolsão inovador', pode estar diretamente ligada ao nível de produção de conhecimento e ao ritmo de pesquisas realizadas pelas universidades públicas e privadas, assim como por outras instituições ligadas às pesquisas de ponta, como a Embrapa Algodão, o Instituto do Semiárido (INSA), e o Parque Tecnológico da Paraíba (Paqtc).

A secretária executiva de Ciência e Tecnologia do Estado e presidente do Paqtc, Francilene Garcia, lembrou que essa realidade também é um reflexo do pioneirismo que sempre marcou os líderes e pessoas ligadas à ciência e à tecnologia da cidade. "Em 1980, instalamos um dos primeiros parques tecnológicos do Brasil, que possibilitou a estruturação e a fixação dessa mão de obra qualificada”, frisou.

"Associa-se aí o fato de ter a cidade uma qualidade de vida muito atrativa, pessoas com visão e capacidade empreendedora que circulam no ambiente, que criam perspectivas de valorização de quem passou por aqui. É um conjunto de ingredientes”, acrescentou Francilene Garcia.

Hoje em Campina Grande um mapeamento realizado pelo Paqtc identificou a existência de pelo menos 150 empresas, que estão em atividade e são ligadas à ciência e tecnologia. O número é elevado, considerando que a capital do Estado possui cerca de 250 desses empreendimentos e no restante do Estado são aproximadamente mais 60 negócios com esse perfil inovador.

Para identificar os potenciais e os serviços realizados por essas empresas os técnicos do Paqtc irão fazer um estudo, junto com o Sebrae, para mapear essas potencialidades na cidade.

No município se destacam dezenas de cursos de graduação ligados ao setor de ciência e tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), que também possui um campus sediado na cidade.