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ECONOMIA

Itens da ceia têm alta de até 10%

Devido a alta do dólar, queijos, panetones e vinhos importados estão mais caros e podem deixar ceia mais salgada.

Publicado em 12/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 27/04/2023 às 13:19

Os produtos importados que compõem a ceia natalina, como queijos e panetones, estão mais caros de 8% a 10%, segundo alguns empresários do setor de supermercados de João Pessoa.

De acordo com eles, o motivo é a alta do dólar. A oscilação da moeda americana pode fazer com que alguns itens, a exemplo do vinho, sejam substituídos por marcas nacionais, mas a expectativa de vendas para o período é positiva.

“Este aumento dos importados da ceia de natal não é culpa dos empresários e sim da alta do dólar. Isso é um processo em cadeia, como compramos mais caro, repassamos o preço para o consumidor, mas não estamos superfaturando. Pelo contrário, estamos vendendo mais barato cerca de 2% do que no ano passado, porque reduzimos a margem de lucro”, afirmou o gerente de marketing do grupo Bem Mais, Paulo André Cordeiro.

Segundo o gerente, mesmo com a elevação dos itens que chegam de outros países, não deverá haver queda no consumo no Natal.

“As expectativas de vendas para o fim de ano são das melhores e a partir do fim de novembro, cada dia será um sábado. Isso porque vai chegar o 13º salário e as pessoas, principalmente da classe C, que também é nosso público e têm um novo comportamento de consumo, já compraram geladeira e TV, e, agora, estão investindo em uma alimentação melhor e com valor agregado”, enfocou Paulo André.

Segundo o gerente de marketing da rede, o mercado está muito competitivo e as empresas nacionais estão cada vez mais oferecendo bons produtos.

“Com este aumento dos importados, o que deve ocorrer é a substituição por itens nacionais como o vinho. Produtos como uísque são mais difíceis haver a troca, mas não vejo muita diferença de preço neles. Temos uísque por R$ 49,00, no mesmo preço do ano passado. Agora alimentos como queijo e panetone realmente estão vindo mais caros das indústrias”, confessou Paulo André.

O gerente do supermercado Menor Preço, do Bairro dos Estados, Paulo César de Araújo, disse que também está percebendo alta de até 10% no preço dos alimentos que vêm de fora do país, em comparação ao ano passado.

“Mesmo assim, estamos otimistas para as vendas de fim de ano e estamos trabalhando para alcançarmos um crescimento de até 25% em relação a 2012”, contou.

Muitos supermercados da capital já dispõem nas prateleiras de um vasto leque de opções para a ceia do dia 24 de dezembro.

Facilmente são encontrados várias marcas de panetones e alguns queijos típicos do período . Os empresários se mostram otimistas e, apesar da variação do dólar, esperam vender bem.

O presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo, frisou que o Natal não tem como haver retração no consumo. “Esta é uma data festiva, de alegria e comemoração. As pessoas não costumam se retrair no consumo. Elas poderão suprir os importados pelos produtos nacionais”, apontou.

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Jornal da Paraíba

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