Linha branca ganha impulso

As lojas do comércio de Campina Grande estão cada vez mais movimentadas. Nos shoppings e no Centro da cidade, a um mês do Natal já é grande a presença de consumidores realizando as compras de final de ano. Nos shoppings, a movimentação é intensa, mas é o comércio de rua que continua dominando as vendas de final de ano.

No setor de vestuário já se vê um grande número de clientes, mas a aposta das entidades representativas do comércio é de que o segmento da linha branca (eletrodomésticos) registre uma venda acentuada, especialmente impulsionada pelo recebimento do 13º salário e pelo último mês de IPI reduzido. “Temos identificado que o consumidor se planejou mais para comprar bens duráveis neste final de ano, aproveitando o benefício do IPI reduzido”, disse Paulo Marcelo, gerente comercial da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Nas lojas já é possível perceber esta preferência. Os estabelecimentos que comercializam geladeiras, fogões, refrigeradores, máquinas de lavar, entre outros, vem registrando vendas que já são consideradas maiores do que as registradas no mesmo período do ano passado, enquanto que o tradicional setor líder de vendas – o de roupas e calçados – ainda não está tão aquecido como estava no mesmo período de 2011.

“As vendas já são maiores do que nos últimos meses de setembro e outubro, mas no ano passado, quando entramos na segunda quinzena de novembro, a movimentação estava bem maior do que a que estamos verificando agora. As vendas precisam aquecer um pouco mais para chegar ao ideal que esperamos”, disse Ana Janayna Santos, gerente de uma loja de roupas na rua Maciel Pinheiro.

Já nas lojas de eletrodomésticos, o cenário está mais positivo. “Tão logo começou o mês, com a perspectiva de recebimento de 13º salário, os consumidores já começaram a pesquisar e, agora, já estão vindo efetivamente às compras. Por isso, prevemos que as vendas deste final de ano vão ser bem melhores do que verificamos no ano passado”, destacou o vendedor Eudes Johnson.

As entidades do comércio estimam que a alta neste final de ano seja até 20% maior que em 2011. Mas também há uma recomendação a ser considerada. Os índices de inadimplência têm preocupado os comerciantes e, por isso, Paulo Marcelo orienta que o consumidor, antes de ir às compras, faça um planejamento. A inadimplência não é boa nem para o comércio nem para o consumidor. “Sabendo usar não vai faltar. É importante não comprar mais do que pode para ter dor de cabeça mais adiante".