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ECONOMIA

Metro quadrado na PB é o 2º mais caro do NE

Levantamento mostra custos estáveis e abaixo da variação do Nordeste, mas ainda assim, metro quadrado na PB é o 2º mais caro.

Publicado em 08/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 21/06/2023 às 13:13

O custo da construção civil na Paraíba ficou estável no mês de janeiro com alta de apenas 0,12%, quando comparado a dezembro. O índice ficou abaixo da variação do Nordeste (0,53%) e do país (0,45%). Mesmo assim, o valor do metro quadrado construído no Estado permanece como o segundo mais caro da região nordestina (R$ 836,51), segundo o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento de dados considera a mão de obra e o material de construção, sem levar em conta os terrenos/áreas. O valor médio do metro quadrado construído na Paraíba só perde para o Estado do Maranhão (R$ 861,59), líder no ranking da região no mês passado. O menor custo registrado foi em Sergipe R$ 774,32.

O engenheiro civil e diretor da Esfera Engenharia, Waldemir Lopes, afirmou que a demanda na Paraíba ainda é grande e isso contribui para encarecer o preço do metro quadrado construído. “Como podemos observar, isso tende a se estabilizar, porque o mercado tende à acomodação de preços. Não é interessante para ninguém ficar entre os Estados mais caros do Nordeste no custo da construção”, afirmou.

Quem está construindo na Paraíba observa que o item que mais pesa em uma obra é o custo com trabalhador. Profissionais qualificados estão cada vez mais difíceis de encontrar e os que estão atuando no mercado são bem valorizados. “Tem pedreiro ganhando muito bem porque falta gente qualificada neste setor.

Muitas vezes se usa até gente que não está tão preparada por falta de opção”, disse o Waldemir Lopes.

Segundo ele, a demanda de pessoal vinda do polo industrial de Pernambuco e de municípios paraibanos, que procura moradia na Grande João Pessoa, não deve deixar mais caro as construções no Estado. “Não acredito que esses profissionais vindos de Goiana, Pernambuco, por exemplo, devam alterar o preço da construção no Estado. Eles vão dar vazão aos imóveis que estão sendo construídos na região”, destacou o diretor da Esfera Engenharia.

O corretor de imóveis Washington Suassuna está construindo uma casa e sabe muito bem o custo de um bom profissional. “Os gastos com profissionais representam cerca da metade do valor da obra. A gente sofre para encontrar alguém que saiba fazer o serviço e quando aparece tem que pagar o dobro do preço de mercado”, confessou.

De acordo com o corretor, o trabalhador mais difícil de encontrar para quem está construindo é aquele responsável pelo acabamento do imóvel. “O pessoal que coloca cerâmica, assenta porta está muito escasso no mercado”, disse.

BRASIL

No país, o Índice Nacional da Construção Civil iniciou 2014 com variação de 0,45%, ficando 0,43 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro de 2013 (0,88%). A parcela da mão de obra apresentou variação de 0,26%, 1,02 ponto percentual abaixo da taxa de 1,28% referente ao mês de dezembro de 2013. Os materiais, por outro lado, registraram uma diferença de 0,06 ponto percentual, indo de 0,55% em dezembro de 2013 para 0,61% em janeiro de 2014.

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Jornal da Paraíba

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