icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Mulheres lideram desemprego

Apesar do índice registrar recuo, taxa encerrada em março deste ano em 11,4% continua superando todas as médias.

Publicado em 04/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 16:21

As mulheres nordestinas apresentaram a maior taxa de desemprego do país no primeiro trimestre deste ano. Apesar do índice registrar recuo de 2,3 pontos percentuais sobre o primeiro trimestre do ano passado, a taxa encerrada em março deste ano em 11,4% continua superando todas as médias, inclusive da Região (9,3%), ficando bem acima dos homens nordestinos (7,9%).

A média nordestina feminina também é bem acima das outras regiões do país como Norte (10,5%), Sudeste (8,4%), Sul (5,4%) e Centro-Oeste (4,6%). A média de mulheres brasileiras ficou em 8,7%.Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de cair 1,6 ponto percentual sobre o primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego do Nordeste (9,3%) no primeiro trimestre deste ano ainda supera também todas as regiões do país: Norte (7,7%), Sudeste (7%), Centro-Oeste (5,8%) e Sul (4,2%). Já a taxa de desemprego, em nível nacional, ficou em 7,1% no primeiro trimestre deste ano, acima dos 6,2% dos últimos três meses de 2013.

NO PAÍS

Na média de 2014, a taxa se de desemprego do país (7,1%) se situou num patamar mais elevado do que nas seis regiões metropolitanas do país (na faixa de 6%) - o que já era esperado por analistas, pois são áreas onde há mais competição por mão de obra e renda mais elevada. No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego nessas áreas foi de 5% - a mais baixa desde 2002.

O IBGE diz que as pesquisas não são comparáveis, pois a Pnad tem uma abrangência maior e um questionário diferente.

Tal fator permite que membros secundários das famílias (em geral, jovens e mulheres) saíam do mercado de trabalho em busca de uma oportunidade melhor ou por opção (estudar, cuidar dos filhos) com o "lastro" de um rendimento familiar que ainda cresce - apesar da freada dos salários desde o fim de 2013.

Pelos dados da nova pesquisa, o contingente de desempregados no país somou 7 milhões -15,7% a mais do que nos últimos três meses de 2013 e 9,7% abaixo do registrado de janeiro a março de 2013. Já o total de ocupados caiu 0,7% ante o quarto trimestre e subiu 2% frente aos três primeiros meses de 2013, segundo o IBGE.

Poucos são os analistas que preveem os dados da Pnad Contínua. Dentre os que fazem previsão, esperam uma aceleração da taxa neste ano, chegando a 8% na média de 2014 diante da menor oferta de trabalho e de uma retomada da procura por emprego, com o cenário de desaceleração da economia -revelado pelos dados do PIB do primeiro trimestre, que apontou um crescimento de apenas 0,2% frente aos três últimos meses de 2013.

DIVULGAÇÃO RETOMADA

Em abril, quando da última divulgação, a direção do IBGE abriu uma crise institucional que abalou o órgão ao suspender a apresentação dos dados da pesquisa neste ano. Após a repercussão negativa, a diretoria do órgão IBGE voltou atrás e decidiu manter o calendário original da Pnad Contínua. A pesquisa, porém, só trará informação sobre rendimento (o ponto mais problemático de toda a crise) em 2015.

A diretoria do IBGE afirmou no mês passado que os estudos para estimar a renda domiciliar per capita estão sendo realizados a fim de cumprir, já em 2015, a lei que alterou a regra de distribuição do Fundo de Participação dos Estados, de 2013.

O pedido de informações de senadores e a contestação deles sobre as margens de erro discrepantes entre os Estados o que poderia gerar contestações na Justiça foram o estopim da crise no IBGE.

É que, após o pedido, a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, e a maioria do conselho decidiu interromper as divulgações. A alegação de Bivar era que não havia pessoal suficiente para rever o indicador de renda e preparar os dados coletados para a divulgação.

O corpo técnico reagiu à decisão. Duas diretoras contrárias à decisão pediram exoneração e 18 coordenadores colocaram seus cargos à disposição. O grupo da área de emprego e rendimento se comprometeu a formular uma cronograma de trabalho para fazer os estudos sobre a renda e uma proposta para manter o calendário de divulgações que estava suspenso até janeiro de 2015.

Em entrevista à Folha, Bivar afirmou que 'seria bobagem' dizer que a reação não fez o IBGE voltar atrás e retomar a divulgação da pesquisa. Bivar considerou ainda que a discussão se intensificou em torno da paralisação das divulgações e ganhou força - com repercussão na mídia e nos meios sindicais e políticos - pelo fato "de ter sido um ano eleitoral", o que "contou para essa avaliação [negativa]" da decisão.

GREVE

O IBGE diz que todo o seu calendário de pesquisas está mantido, pois a greve é parcial e não afetou nem coleta de dados nem sua preparação para a divulgação. O sindicato, por sua vez, afirma que há risco, dependendo da adesão e do tempo de greve nas pesquisas de emprego, inflação, indústria e PIB. A categoria só havia garantido a divulgação da Pnad Contínua, pois foram contrários à sua suspensão.

O IBGE assegura, se for preciso, fará até com remanejamento de funcionários entre os Estados para manter as pesquisas. O IBGE estima em cerca de 15% a adesão. O sindicato dos servidores fala em 70%. (Com agências Folhapress e Brasil).

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp