ECONOMIA
Mulheres são maioria, mas ganham 9,8% menos que homens em organizações
Diferença, no entanto, é menor do que os 20,5% da média geral.
Publicado em 05/04/2019 às 14:27 | Atualizado em 05/04/2019 às 15:31
Apesar de 60% das 14.971 pessoas empregadas em Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil) serem mulheres, elas ganham 9,8% a menos dos que os homens. Os dados referentes ao ano de 2016 são de um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira (5). A diferença, no entanto, é menor do que os 20,5% da média geral, também segundo dados do próprio IBGE.
Homens | Mulheres | |
Média geral | R$ 2.579,00 | R$ 2.050,00 |
Média nas Fasfil | R$ 2.076,92 | R$ 1.872,24 |
As 4.004 Fasfil atuando na Paraíba estão presentes nos 223 municípios. Mas há uma concentração grande em João Pessoa, onde estão 743 delas, o que equivale a 18,5% do total, e onde trabalham 8.757 profissionais. Outras 331 instituições com este perfil atuam em Campina Grande e mais 112 em Cajazeiras.
O perfil do profissional que atua neste setor na Paraíba segue algumas tendências nacionais. Uma delas é a concentração de profissionais de nível superior que atuam neste setor, considerada pelo próprio IBGE como alta: 36,5%. A remuneração média geral, no entanto, não passa de 2,2 salários mínimos.
Outra tendência nacional observada também na Paraíba é a grande presença de entidades religiosas, que correspondem a 29,4% do setor. Em seguida estão as instituições de defesa dos direitos e interesses do cidadão, com 26,5%.
Perfil das instituições
A pesquisa adota como referência a metodologia elaborada pela Divisão de Estatística da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2002. O estudo considera como Fasfil as organizações que constam no Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE que se enquadram em cinco critérios:
- 1) Privadas, não integrantes, portanto, do aparelho de Estado;
- 2) Sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem eventuais excedentes entre os proprietários ou diretores e que não possuem como razão primeira de existência a geração de lucros – podendo até gerá-los, desde que aplicados nas atividades-fins;
- 3) Institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas;
- 4) Auto administradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades;
- 5) Voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas, isto é, a atividade de associação ou de fundação da entidade é livremente decidida pelos sócios ou fundadores.
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