ECONOMIA
NE lidera taxa de desocupação do país
Taxa de 7,9% ainda é menor em relação a ao terceiro trimestre de 2013, quando a taxa era de 9,0%.
Publicado em 11/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:11
A Região Nordeste apresentou a maior taxa de desemprego no País no quarto trimestre de 2013, de 7,9%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim houve queda significativa em relação ao terceiro trimestre de 2013, quando a taxa era de 9,0%, assim como em relação ao quarto trimestre de 2012 (9,3%). Já a Região Sul teve o menor resultado, com uma taxa de desocupação de 3,8%. Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 6,2% no período.
Entre as faixas de idade, a taxa de desemprego foi superior para os jovens de 18 a 24 anos de idade, onde alcançou de 13,1% no quarto trimestre de 2013. Na população de 25 a 39 anos, a taxa de desocupação foi de 6,0% no período, enquanto entre as pessoas de 40 a 59 anos ficou em 3,2%.
Em um ano de fraco crescimento do PIB, a taxa de desemprego no Brasil fechou o ano em 7,1%, segundo a nova pesquisa do IBGE. Em 2012, a taxa havia sido de 7,4%.
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua), a primeira pesquisa com informações nacionais sobre mercado de trabalho do IBGE, com divulgação a cada trimestre.
Conforme o esperado por analistas, o desemprego na nova pesquisa do IBGE ficou num patamar superior à registrada pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que havia medido uma taxa de 5,4% em 2013.
Pela nova pesquisa, o desemprego fechou o quarto trimestre de 2013 em 6,2%, abaixo do terceiro trimestre do mesmo ano 2012 (6,9%). No quarto trimestre de 2012, a taxa havia sido de 6,9%, também pela Pnad.
A diferença decorre da expansão da nova pesquisa, que mensura o desemprego em nível nacional. A PME é restrita às seis maiores regiões metropolitanas do país. Já a Pnad contínua vai a 3.500 municípios. Além disso, há diferenças de conceito sobre o que é desemprego e ocupação nas duas pesquisas.
Segundo o novo levantamento, o total de pessoas empregadas no quarto trimestre atingiu 91,9 milhões, montante acima do registrado nos três meses anteriores (91,2 milhões).
Já a quantidade de pessoas desocupadas atingiu 6,1 milhões de outubro a dezembro, o que representou uma alta em relação aos 6,8 milhões apurados no terceiro trimestre de 2013. A divulgação dos dados da Pnad Continuada, pelo IBGE, ocorre com relativo atraso em razão da demora no processamento de dados correspondentes ao emprego do país ao longo do ano.
O levantamento indica que a taxa de desocupação é menor entre os homens (5,1% no quarto trimestre de 2013), contra 7,6% da taxa das mulheres, que representavam 53,4% da população desocupada do país no período.
LEI SUSPENDE PNAD
A divulgação da nova pesquisa do IBGE que mede indicadores sociais e do mercado de trabalho, a Pnad Contínua --que mediu desemprego de 7,1% em 2013--, será interrompida em razão de um requerimento de informações apresentado por senadores sobre dados de renda domiciliar per capita. É que uma lei editada no ano passado alterou um dos critérios de repartição do Fundo de Participação dos Estados, que antes considerava o PIB per capita. A legislação alterou o indicador para a renda domiciliar per capita. A Lei Complementar 143, de 17 de julho de 2013, alterou os critérios da participação de Estados no fundo --recursos a serem recebidos em 2016, correspondentes ao exercício de 2015. Por isso, há a necessidade de um indicador de renda domiciliar já para 2015.
O IBGE não planejava alterar o modo de calcular esse indicador. No começo deste mês, os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE), indagaram o IBGE sobre a margem de erro dos dados de renda domiciliar per capita, que nem sequer foram divulgados. O receio é que a diferença entre as margens pudesse gerar contestações judiciais por parte dos Estados --que poderiam pleitear, por exemplo, que fosse considerada a renda inferior do intervalo a fim receber mais recursos do FPE. (Com agências Estado, Folha e Brasil)
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