ECONOMIA
PB tem 2ª menor safra
Com apenas 46,2 mil toneladas produzidas Paraíba irá gerar a segunda menor produção de grãos da Região Nordeste.
Publicado em 11/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:24
Enfrentando o segundo ano de seca e com baixa irrigação, a Paraíba deverá gerar a segunda menor produção de grãos da Região Nordeste, apresentando na safra 2012/2013 apenas 46,2 mil toneladas, segundo a projeção para o mês de setembro realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume estimado para o Estado, que repete pela segunda vez queda neste semestre, fica atrás apenas do Rio Grande do Norte (13,1 mil toneladas). A participação paraibana é de somente 0,37% da produção de grãos nordestina (12.278 milhões de toneladas).
As culturas do milho (26,3 mil t) e feijão (19,3 mil t) ainda concentram quase a totalidade da produção paraibana (98,7%). O prognóstico da Conab do mês anterior foi menor (47,2 mil toneladas).
O prognóstico da área plantada para este mês na Paraíba é de 109,8 mil hectares, o que representa o terceiro menor da região. Neste aspecto, o Estado só ganha do Rio Grande do Norte (29,1 mil hectares) e Alagoas 76,5 mil hectares, os piores deste ranking.
O superintendente da Conab na Paraíba, Gustavo Guimarães Lima, afirmou que as chuvas que chegaram ao Estado durante o inverno foram atemporais e não alcançaram a média histórica para o período, prejudicando o trabalho dos trabalhadores rurais. “Alguns agricultores do interior plantaram e, pela falta de chuva, perderam toda a sua produção. A situação nas regiões do Cariri, Curimataú e Sertão é grave e agora só resta aguardar o próximo inverno”, declarou Gustavo Lima.
Segundo ele, a previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa-PB) é de mais estiagem até o final do ano. “Os plantadores estão colhendo apenas a produção para sua subsistência”, lamentou o superintendente da Conab-PB. "A recuperação da safra destes trabalhadores vai depender das chuvas do próximo ano”, avaliou.
PRODUÇÃO SERÁ RECORDE NO PAÍS
No país, a safra agrícola de 2013 deve atingir 187,3 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) de agosto, divulgado ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Se a estimativa for confirmada, a quantidade vai superar a colheita de 2012 em 15,7%, mantendo o recorde para este ano, ainda que as projeções tenham registrado queda de 0,3% em relação a julho.
A expectativa de colheita de trigo está entre as principais quedas, com projeção 12,7% menor do que em julho. Mas, mesmo com as condições adversas, a colheita total deve superar a de 2012 em 16,5%.
No cultivo de feijão, o problema ficou concentrado na estiagem. "A Região Nordeste se manteve com volume de chuvas abaixo de 50 milímetros", destacou Andreazzi. A redução de produtividade afetará principalmente a primeira safra, que deve ser 7,2% menor do que a do ano passado. Embora as previsões para a produção em agosto também tenham caído para o feijão da segunda e da terceira safras, elas devem registrar expansão de 19% e 2,6% no ano, respectivamente.
Os produtores de algodão, além de não contarem com preços favoráveis ao plantio no mercado internacional, sofreram com a estiagem e com o ataque de pragas, especialmente no Nordeste. Por essa razão, o IBGE reduziu a previsão de agosto em 1,8% ante julho.
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