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ECONOMIA

Pesquisadores da UFPB criam liga metálica mais econômica pra uso na indústria

Luva para união de tubulações garante alta performance, evita soldagem e reduz custos

Publicado em 08/02/2020 às 7:37 | Atualizado em 09/02/2020 às 13:39


                                        
                                            Pesquisadores da UFPB criam liga metálica mais econômica pra uso na indústria

				
					Pesquisadores da UFPB criam liga metálica mais econômica pra uso na indústria
Invenção foi feita por cinco pesquisadores da UFPB (Foto: Reprodução).

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve mais uma patente concedida, a primeira do ano de 2020. A invenção é uma liga metálica diferenciada para uso em indústrias que utilizam tubulações. Chamada de "Luva com Efeito Memória de Forma Modificada para a União de Tubulações", ela teve a Carta-Patente concedida no último dia 28 de janeiro. A informação é do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A liga é composta pelos metais cobre, alumínio, berílio, nióbio e níquel que, na forma de luva de união e quando submetida a modificações dimensionais no seu diâmetro interno por ação mecânica e tratamentos termomecânicos, apresenta propriedade de memória estrutural apropriada para unir tubulações sem o uso dos procedimentos convencionais de soldagem ou colagem.

A novidade foi criada por cinco inventores, todos professores da UFPB: Tadeu Antônio de Azevedo Melo, Danniel Ferreira de Oliveira, Ieverton Caiandre Andrade Brito, Rodinei Modeiros Gomes e Severino Jackson Guedes de Lima, que morreu antes de a patente ser concedida.

O campo de aplicação da luva é nas indústrias química, petroquímica, agroindústria e em demais setores com atividades que utilizam tubulações metálicas em processos de produção ou para a conservação ambiental. A maior vantagem dessa tecnologia é ser armazenada em temperaturas próximas, menores ou maiores que 0º C.

Para quê serve?

De acordo com um dos inventores, Danniel Ferreira de Oliveira, as luvas visam à substituição do processo de soldagem, que degrada o revestimento interno existente em tubos de petróleo. Danniel contou que a aplicação das luvas possibilita a redução de custos para a indústria que utiliza tubulações metálicas, além de ser um produto de alta performance.

"Uma luva convencional exige que o operador leve nitrogênio líquido para poder expandir essa luva e colocar nos tubos. No nosso caso, não, a gente pode armazenar ela em temperatura a 0° C ou acima, levar para o campo e apenas aquecer no local, que é mais fácil do que resfriar", disse Danniel.

Ele comemorou a concessão da patente porque é uma garantia para os criadores do produto. A patente tem validade de 20 anos, a partir da data do depósito, que foi em 22 de outubro 2013. Agora, os inventores pretendem divulgar o produto para as empresas tomarem conhecimento e aplicarem na indústria.

Líder em depósito de patentes

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) confirmou, em novembro do ano passado, a liderança da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em depósito de patentes no país, conforme já havia anunciado a Agência de Inovação Tecnológica (Inova) da instituição paraibana.

A UFPB assumiu em 2018 o topo do ranking de maiores depositantes nacionais de patente de invenção com 94 pedidos, seguida pela Universidade Federal de Campina Grande (82 pedidos) e Universidade Federal de Minas Gerais (62 pedidos).

Em 2017, a liderança estava com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que passou para quinta colocada, com 50 pedidos de patente no ano passado. Já a Universidade de São Paulo (USP), que ocupava a quinta posição, caiu para o sexto lugar no ranking (47 pedidos). A UFPB subiu da 4° para a 1° posição.

Imagem

Jhonathan Oliveira

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