Produção será quase nula este ano

Segundo o agrônomo José Rinaldo, a produção paraibana de grãos em 2012 foi quase nula (-94%) e, como a agricultura local não consegue suportar as intempéries climáticas, acaba caindo em situações muito alarmantes. Esse quadro demonstra, conforme explica, que o Estado ainda não encontrou formas de fugir das oscilações.

“Para se ter uma ideia, até agora, 2006 contabilizou a melhor safra da década, com 310 mil toneladas de grãos. Nos último três anos tivemos: 2010 foi muito ruim, 2011 menos ruim e este ano muito seco novamente”, detalha. “Poderíamos investir mais em áreas do agreste onde há mais chuvas ou ainda mecanizar mais e pensar em alternativas de irrigação para o semiárido, porque a nossa lavoura ainda é à base da enxada. Um exemplo de que isto funcionaria é que, em plena seca, um produtor em Mulungu, que dispunha desta tecnologia, conseguiu produzir 600 hectares de milho”, conta.

Rinaldo acrescenta que, nos anos de pós-estiagem, os produtores ficam descapitalizados e não conseguem investir na produção agrícola. “Plantamos milho, feijão e fava, principalmente, e esses são cultivos com grande possibilidade de perdas. Com recursos limitados, o produtor passa por dificuldades e não consegue se reerguer”, diz.

A PAM 2011 investiga um elenco de 39 produtos que são divididos em produtos de lavouras temporárias e produtos de lavouras permanentes.