ECONOMIA
Projeto do Polo Turístico do Cabo Branco está há 30 anos sem sair do papel
Segundo o secretário executivo do Turismo do Estado, Ivan Burity, os lotes permanecem intactos. Nada foi realizado.
Publicado em 20/03/2016 às 8:00
O projeto do Polo Turístico do Cabo Branco está há 30 anos sem sair do papel e parece que vai permanecer assim por um bom tempo. Em 2013, o governo do Estado habilitou empresários com Certificado de Regularidade Jurídica, determinando que eles construíssem, até maio deste ano, ao menos 50% dos empreendimentos. Contudo, segundo o secretário executivo do Turismo do Estado, Ivan Burity, os lotes permanecem intactos. Nada foi realizado. Não houve, sequer, limpeza dos terrenos.
Segundo Ivan Burity, os investimentos dos empresários giram em torno de R$ 700 milhões, considerando que o projeto prevê a construção de 19 hotéis, além de bares, restaurantes, boates e outros equipamentos de lazer, tanto infantil, como para adultos. “Também haverá áreas comerciais, além de serviços como locadoras de automóveis, lavanderias e agentes de viagem”.
O atraso do início das obras impacta, por exemplo, no setor da construção civil. Se os hotéis estivessem sendo construídos, milhares de empregos estariam sendo gerados. Já com o funcionamento do polo, seriam abertos outros milhares de postos de trabalho. “Os estabelecimentos vão precisar de trabalhadores para diversas funções, como camareiros, atendentes, pessoal de limpeza e cozinheiros”, falou Ivan Burity.
O Governo do Estado vai esperar que o prazo seja esgotado para emitir um posicionamento com relação aos terrenos para construir os empreendimentos. “Estamos estudando as alternativas junto ao nosso setor jurídico, mas não vamos nos posicionar sobre a perda dos lotes, até que o prazo determinado acabe”, afirmou ele.
O contrato com os empresários previa que o Governo do Estado iria prover aos empresários água, rede de esgotos, energia elétrica e vias de acesso. “Além desta infraestrutura, o governo construiu o Centro de Convenções, que tem um papel muito importante para alavancar o turismo do Estado, com a realização de eventos de grande porte, inclusive, internacionais”, frisou o secretário. A reportagem procurou durante dias o empresário Tadeu Pinto, que representa os empresários proprietários dos lotes, mas ele nunca atendeu às ligações.
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