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ECONOMIA

Promessa de internet mais rápida no celular

Prometendo ultravelocidade de navegação, tecnologia 4G esbarra em altos custos e na desconfiança dos consumidores.

Publicado em 20/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:12

Recém-chegada à Paraíba, a tecnologia de acesso móvel 4G já desperta interesse de muitos brasileiros, graças a sua promessa de ultravelocidade nas navegações, que, segundo informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), pode chegar a 100 megabits por segundo (Mb/s).

Para muitos consumidores, entretanto, resta uma indagação comum: como confiar na promessa de pacotes de internet 'supersônicos', quando os atuais planos 3G não atendem às velocidades esperadas?

Dados da Anatel apontam que o mês de outubro fechou com 92,64 milhões de serviços de banda larga móvel, sendo 730,57 mil linhas telefônicas 4G e 84,8 milhões de linhas 3G, que em condições favoráveis deveria ter velocidade de, no mínimo, 7Mb/s por segundo, fluxo de dados distante da realidade praticada no Estado, segundo o professor do curso de Sistemas em Telecomunicações, Michel Dias, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB).

“Quando se fala em internet 3G, muitos usuários pensam em velocidades que assemelham-se à internet a cabo, ou seja, rápidas. Mas para que isso acontecesse as operadoras precisariam investir em melhores e maiores backbones (sistema que interliga antenas e celulares) e isso não aconteceu até o momento”, disse.

De acordo com o especialista, tanto os setores privados como públicos criam entraves para que essa velocidade idealizada seja conseguida.

“Isso demanda investimentos altos em infraestrutura. As empresas de telefonia enfrentam muita burocracia para criar essas novas redes, sobretudo para se conseguir as licenças. Ao mesmo tempo, elas continuam vendendo os planos de internet, ou seja, aumentam os usuários, mas a infraestrutura não acompanha o mesmo ritmo”, disse Michel Dias.

O compartilhamento do fluxo de dados, segundo o professor, tem matemática simples de ser entendida.

“É como um bolo de aniversário. Se você tem um bolo pequeno e muitos convidados, vai ficar uma pequena fatia para cada um. Se esse bolo é maior, a fatia dividida com os convidados será também maior”, explicou, de forma metafórica. Com a chegada da internet 4G, a tendência é que essa velocidade seja ampliada, tendo em vista que o 'bolo' é naturalmente maior. A tecnologia 4G (LTE) por si só já permite maior fluxo de dados, com capacidade de velocidade tão alta quanto as da internet fixa, como a cabo. Mas as empresas precisam pensar em infraestruturas com backbones maiores e que reflitam o volume de seus clientes. Já esses, devem ficar atentos na hora de comprar os aparelhos, porque não é todo smartphone que está habilitado para o 4G”, disse Michel Dias.

CUSTO DE APARELHO COM SUPORTE PARA TECNOLOGIA 4G É MAIOR

Outro gargalo para a consolidação da internet 4G no país são os altos custos cobrados pelos smartphones capacitados para receber a tecnologia, que diferem dos aparelhos de rede 3G, muitos vendidos exclusivamente em pacote casado com linha pós-paga.

Na loja Claro do Manaíra Shopping, por exemplo, o aparelho Samsung Galaxy S IV é vendido por R$ 1.760 no pacote mais básico (R$ 79), que dá direito a 60 minutos de ligações para outras operadoras, ligações ilimitadas para a mesma operadora e internet ilimitada. A operadora, apesar de vender o aparelho somente na versão 4G, só fornece linhas com pacote 3G.

Já a loja credenciada da Samsung, no mesmo shopping, vende o aparelho por R$ 2.099, sem incluir plano pré ou pós-pago. O grande problema, entretanto, é que para ativar o aparelho o usuário precisará do microchip (cartão SIM diferente dos usados nos demais smartphones), que dificilmente será encontrado no plano pré-pago nas operadoras, induzindo a fixar-se em um plano pós-pago.

Apesar da imposição das operadoras, o consultor jurídico e chefe de gabinete do Procon Estadual, Fernando Lima, disse que vender o aparelho 4G somente em plano pós-pago é configurado como violação do direito do consumidor. “Isso é uma venda casada, o que é ilegal do ponto de vista jurídico. Se eles condicionam uma venda de um produto com a compra de outro é configurada a compra casada, que é ilegal segundo o Código de Defesa do Consumidor”, disse.

SÓ UMA OPERADORA OFERECE SERVIÇO NA PB

A operadora de telefonia Vivo, que possui cerca de 10% do mercado paraibano, anunciou semana passada a oferta de planos 4G em 24 dos 63 bairros de João Pessoa: Manaíra, Bairro dos Ipês, Bessa, Castelo Branco, Penha, Cabo Branco, Jardim Cidade Universitária, Mangabeira, Altiplano, Torre, Treze de Maio, João Agripino, Cristo Redentor, Trincheiras, Bairro dos Estados, Barra de Gramame, Planalto Boa Esperança, Tambaú, Miramar, Bancários, Geisel, Cruz das Armas, Distrito Industrial e Centro.

Procurada pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, a assessoria de imprensa da TIM informou que a empresa dará início aos serviços 4G em João Pessoa até maio de 2014, conforme prevê o cronograma do edital de leilão da tecnologia de quarta geração. As assessorias de imprensa da Claro e da Oi não responderam quando seria implementado o plano na Paraíba.

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Jornal da Paraíba

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