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ECONOMIA

Sensor de videogame é utilizado na medicina

Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital da UFPB, desenvolve projeto que usa sensor de movimentos para auxiliar em cirugias.

Publicado em 26/09/2012 às 6:00


Os sensores de movimento usados para jogos de videogames vêm passando por mudanças de utilização. Dessa vez, pesquisadores do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estão desenvolvendo o projeto “Vídeo Colaboração em Saúde – Uso do Kinect na Telemedicina”, que traz fundamentos do sensor de movimento do videogame Xbox 360 para dentro dos hospitais, auxiliando em cirurgias e procedimentos acadêmicos.

Em parceria com o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), o projeto ainda está em fase de testes, mas já foi usado em diversas ações, que vão desde transmissões em tempo real de cirurgias que estão sendo realizadas no bloco cirúrgico do hospital, até banco de dados do médico que está realizando determinado procedimento.

A coordenadora do projeto, a professora Tatiana Tavares, destacou a importância da aplicação do Kinect nos centros cirúrgicos. “A sala de cirurgia é um lugar limitado, poucas pessoas podem entrar. Com o Kinect, a equipe cirúrgica poderia ser dividida em duas partes: uma fica fazendo a cirurgia e a outra fica em uma segunda sala, avaliando os procedimentos e dando as sugestões necessárias”, contou.

Além de registrar e transmitir o procedimento cirúrgico, o sensor de movimento se mostra eficaz porque pode servir de apoio para o médico que está realizando a cirurgia. “O Kinect faz mapeamento do corpo. Durante uma cirurgia, o médico não pode tocar em objetos, para não contaminar a mão e o paciente. Com o sensor, o médico pode ter acesso a arquivos do paciente, por exemplo, usando movimentos do corpo, sem precisar tocar em nada para isso. Ele pode ler um exame antigo, buscar dados em bancos digitais sobre o paciente, sem tocar em nada”, explicou Tatiana Tavares.

A professora disse ainda que outra vantagem do uso do equipamento é sua capacidade de romper fronteiras. “Às vezes precisamos de um especialista para determinado procedimento complexo ou até mesmo uma segunda opinião médica. Com a telemedicina, isso é possível porque um médico de outra cidade ou país pode participar das cirurgias sem sair de seu consultório”, comentou.

A vantagem do Kinect, segundo a professora, é o complexo sistema de leitura que é possível com o sensor do Xbox. “As câmeras comuns não conseguem ter a mesma precisão do Kinect. Esse sensor possui um sistema de leitura muito mais sofisticado, porque lê em 3D, faz o mapeamento de todo o corpo, não se limita apenas ao registro, o médico pode interagir com ele”, disse.

Para a professora, essa pesquisa é o primeiro passo para diversos estudos interativos. “Dez anos atrás, leitores de movimento, como o Kinect, eram ficção, mas hoje é uma realidade. Estamos cada vez mais adentrando o mundo tecnológico. Videogames hoje deixaram de ser usados apenas para entretenimento e estão presentes em diversas terapias, como reabilitação na fisioterapia”, comentou.

O projeto também serve de apoio para diversos cursos da universidade. Aulas de medicina, enfermagem, fisioterapia e diversas áreas das Ciências da Saúde estão trabalhando com a ajuda do Kinect. “Os alunos podem tanto acompanhar procedimentos cirúrgicos, como interagir com modelos 3D. Os alunos podem interagir com modelos do corpo humano, através de movimentos”, disse Tatiana.

O estudo continua em fase de testes. A perspectiva é que, com o avanço das pesquisas, o projeto seja produzido em grande escala para hospitais e clínicas do país. A pesquisa conta hoje com corpo de 18 pesquisadores, entre professores, médicos, graduandos e pós-graduandos, com financiamento da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. (Especial para o Jornal da Paraíba).

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Jornal da Paraíba

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