ECONOMIA
Taxa de desemprego feminino volta a cair
Proporção de mulheres no total de ocupados pouco se alterou, passando de 45,8%, em 2012, para 45,9%, em 2013.
Publicado em 07/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/07/2023 às 12:26
A taxa de desemprego total entre as mulheres voltou a cair em 2013, passando de 12,5% em 2012 para 11,7% no ano passado, retomando a trajetória de redução iniciada em 2004. É a menor taxa de desemprego total registrada na década de 2000. Para os homens, a taxa passou de 9,4% para 9,2%. A pesquisa foi elaborada pelo Dieese e pela Fundação Seade.
Apesar desse movimento de redução do desemprego, a proporção de mulheres no total de ocupados pouco se alterou, passando de 45,8%, em 2012, para 45,9%, em 2013. Para a Fundação Seade, a relativa estabilidade do nível de ocupação das mulheres é resultado do desempenho positivo do Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (8,3%), praticamente contrabalançado pela redução na Indústria (-2,3%), Construção (-13,9%) e Serviços (-1,2%).
A pesquisa apontou ainda que houve um ligeiro aumento do rendimento médio real por hora das mulheres (0,8%), enquanto o dos homens diminuiu (-1,3%). "Esse desempenho alterou a diferença entre os dois segmentos: em 2012, os valores médios auferidos pelas mulheres correspondiam a 75,5% dos obtidos pelos homens e, em 2013, essa proporção passou para 77,1%", diz a nota
A proporção de mulheres com dez anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, na situação de ocupadas ou de desempregadas - a chamada taxa de participação feminina -, caiu de 56,1%, em 2012, para 55,1% no ano passado. Para os homens, esse indicador também caiu e passou de 71,5% para 70,6% na mesma base de comparação.
Segundo as entidades, a atual taxa de participação feminina é a mesma observada para os anos de 2003 e 2007, que apresentam os menores patamares da década de 2000. A formalização das relações de trabalho assalariado manteve a trajetória de crescimento para ambos os sexos, porém de forma mais intensa entre as mulheres. Essa alta é resultado exclusivamente das ocupações com carteira de trabalho assinada no setor privado, que passou de 47,7%, em 2012, para 50,3%, em 2013.
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