ECONOMIA
Teles e eletroeletrônicos lideram queixas em JP
No ranking das 10 empresas mais reclamadas no Procon, Samsung e Oi móvel saem na frente.
Publicado em 17/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 19/02/2024 às 13:58
As empresas de telecomunicações e de eletroeletrônicos lideraram o ranking das mais reclamadas na Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP). De um total de 3.624 ações impetradas no órgão no ano passado, as dez mais reclamadas somam 1.323 queixas e representam 36,50% do total de registros. Os números fazem parte do Cadastro Municipal de Reclamações Fundamentais do ano de 2014, que foi divulgado ontem.
Entre os problemas mais citados pelo consumidor estão produtos com defeito, lançamento não reconhecido na fatura, cobrança indevida/abusiva e falha na garantia oferecida ao consumidor (abrangência, cobertura, etc). Segundo o secretário do Procon-JP, Helton Renê, o Cadastro mostra as reclamações registradas no órgão que se tornaram processos administrativos.
Com relação à grande queixa sobre produtos com vício, Renê explicou que se trata do reflexo da massificação do produto. “Eles massificam os produtos e isso traz a má qualidade do serviço. Neste caso, quando o consumidor compra um produto que não funciona corretamente dentro do prazo da garantia ele pode optar em ter outro novo ou o dinheiro de volta”, orientou.
Helton Renê frisou que a lista divulgada ontem pelo Procon já é uma arma que pode ajudar os consumidores de João Pessoa. “Ele pode evitar comprar os produtos desta lista”, apontou.
Sobre as empresas de telecomunicações, Helton Renê afirmou que a situação já foi mais grave, mas apesar da situação estar melhor atualmente, as empresas do segmento insistem em repetir problemas antigos. “Elas vendem o serviço e não conseguem acompanhar a qualidade na mesma velocidade”.
CAIXA ENCABEÇA QUEIXAS ENTRE BANCOS
A Caixa Econômica Federal ficou em primeiro lugar, pela terceira vez consecutiva, no ranking de queixas contra bancos com mais de 2 milhões de clientes.
Em fevereiro, clientes registraram 887 reclamações procedentes contra a instituição, que teve índice de 11,84 pontos, de acordo com a metodologia do Banco Central (BC). Os dados foram divulgados ontem. As informações são da Agência Brasil.
Em segundo lugar na lista dos bancos de maior porte ficou o HSBC, com 85 queixas e índice de 8,29. Em terceiro, vem o Santander, com 211 queixas e 6,69 pontos. O Banrisul ocupou o quarto lugar, com 22 queixas e pontuação de 5,62, e o Bradesco, o quinto lugar, com 399 reclamações e 5,31 pontos.
O índice representa o número de reclamações da instituição financeira para cada 1 milhão de clientes. Para chegar ao percentual, as reclamações são divididas pelo número de clientes do banco e multiplicadas por 1 milhão. A posição da instituição financeira no ranking do BC dependerá do índice, mesmo que tenha sido alvo de mais reclamações em números absolutos.
As irregularidades relativas à confiabilidade, segurança, ao sigilo ou à legitimidade das operações ocuparam o primeiro lugar entre as queixas contra bancos julgadas procedentes. Houve 579 queixas por esse motivo em janeiro. Em segundo lugar, ficou o débito em conta não autorizado pelo cliente, com 224 reclamações. A terceira posição foi ocupada pela restrição à realização de portabilidade de operação de crédito, com 194 menções.
Por fim, a recusa ou dificuldade de acesso aos canais de atendimento e as irregularidades no fornecimento de documento para liquidar antecipadamente operação de crédito consignado tiveram, respectivamente, 155 e 111 queixas. No total, houve 2.593 reclamações em fevereiro.
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