ECONOMIA
Trabalhadores da construção param atividades na Grande João Pessoa
Categoria cobra um reajuste salarial de 14% e melhorias na alimentação. Sinduscon apresentou uma proposta de 6,23%.
Publicado em 01/06/2015 às 9:45
Os trabalhadores da construção civil da Grande João Pessoa pararam as atividades nesta segunda-feira (1º). A categoria cobra um reajuste salarial de 14% e melhorias salariais. Desde o início da manhã representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Pesada, Montagem e do Mobiliário de João Pessoa (Sintricom-JP) vêm fazendo visitas aos canteiros de obras em várias partes da capital para garantir a paralisação dos serviços.
Segundo a direção do Sintricom, a data-base da categoria é no mês de janeiro e o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon) apresentou uma proposta de 6,23%, que foi negada. “Nós apresentamos uma pauta simples, que além do reajuste, pede melhorias no café-da-manhã e também na cesta básica. A média nacional da cesta é de R$ 100 a R$ 300 e aqui fica entre R$ 40 e R$ 50”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diretor do Sintricom, Paulo Marcelo.
Paulo explicou que o movimento da categoria é gradual e teve início com grandes obras. Ainda segundo ele, já foram parados canteiros no Altiplano, no Costa e Silva, no Jardim Luna, no Bessa e em outros bairros. “Pelo menos hoje e amanhã a paralisação está garantida, depois vamos avaliar o movimento. Estamos conscientizando os trabalhadores e os empresariado a respeito das reivindicações da categoria”, afirmou.
O sindicalista disse que não existe nenhuma previsão de diálogo com os representantes do Sinduscon. No entanto, ele adiantou que a categoria está disposta a negociar um valor menor de reajuste, desde que haja um ganho real para os trabalhadores. “O setor de indústria cresceu 4,5% e a construção civil foi quem mais se empenhou para isso”, ressaltou.
O vice-presidente de Relações do Trabalho e Política Sindical do Sinduscom, Ozaes Mangueira Filho, disse que a paralisação é insignificante. “Não merece nem registro de percentuais”, afirmou. Ele também disse que não vai fazer nenhuma abertura para negociação enquanto o movimento dos trabalhadores se mantiver.
Segundo o Sinduscom, a construção civil passa por momentos difíceis, com demissões e desaceleração do crescimento e apesar disso foi oferecida a proposta de reajuste de quase 7%.
(Atualizada às 10h40)
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