ECONOMIA
Vendas de supermercados têm alta de 11,54% em JP
De acordo com dados do Ifep, o crescimento no número de vendas reais nos supermercados da grande João Pessoa foi de 11,54%.
Publicado em 02/10/2012 às 6:00
O número de vendas reais nos supermercados da Grande João Pessoa apresentaram uma taxa de crescimento de 11,54% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ifep). A taxa foi quase três vezes superior à média registrada no país (3,91%), de acordo com o Índice Nacional de Vendas divulgado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em agosto, a Paraíba registrou a segunda maior alta em número de postos do Nordeste. Para o presidente da Associação dos Supermercados do Estado da Paraíba (ASPB), Cícero Bernardo, o ótimo desempenho constatado no segmento de mercadinhos e supermercados nos últimos meses está diretamente ligado à geração de emprego e renda proporcionada pela chegada de grandes empresas ao Estado.
“De uns tempos para cá, novas indústrias vêm se instalando na Paraíba, especialmente na capital. Isso gera novos empregos, novas fontes de renda e acaba por incluir mais consumidores no mercado, uma vez que eles passam a ter um maior poder aquisitivo. Acredito que é por essa razão que temos apresentado números melhores que o país há uns cinco anos”, comentou.
Ainda de acordo com o Ifep, o crescimento de agosto sobre julho foi na ordem de 7,34%, enquanto os meses anteriores haviam apresentado reduções nas vendas. De junho a julho, a retração foi de 0,53%, queda essa que chegou aos 3,32% se avaliado o período de maio a junho. Analisando os números nacionais, a Paraíba permanece à frente, uma vez que o Brasil cresceu apenas 1,71% em agosto com relação ao mês anterior.
“Este bom desempenho pode ter sido estimulado pela comemoração do Dia dos Pais atrelada ao crescimento da renda real do trabalhador e à estabilidade no emprego”, opinou a economista da Fecomércio-PB responsável pela pesquisa, Ivonice Marques.
O levantamento demonstra ainda que de janeiro a agosto o segmento cresceu em 7,61% com relação aos primeiros oito meses de 2011. O número nacional para o acumulado do ano foi inferior, na ordem dos 5,57% ante igual intervalo do ano passado.
“A vantagem de agosto é que o mês representa uma retomada.
As pessoas gastam muito em junho, o que provoca uma queda no mês de julho. O final do ano é que deve apresentar uma alta em torno dos 5%, média inclusive superior à previsão para o país, que é de 2,5%. Temos a vantagem de sempre termos novos empresários investindo em estabelecimentos na cidade, o que acaba por inevitavelmente alavancar esses números”, acrescentou Cícero.
A economista Ivonice é ainda mais otimista. “Espera-se para o último trimestre do ano um crescimento nas vendas do varejo entre 9% a 12%. As medidas de estímulo ao consumo adotadas pelo governo, tais como a prorrogação da redução do IPI para alguns produtos e a redução da Selic e do IOF, aliadas ao crescimento da renda real e dos empregos são alguns dos fatores que têm influenciado essa alta”, finalizou.
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