EDUCAÇÃO
Professores da UFPB participam de missão e acompanham implantação de sistema na ONU: ‘troca de tecnologias’
Atuação possibilita "trocas de experiências e tecnologias, sobretudo, fazendo o conhecimento circular em rede”.
Publicado em 24/07/2022 às 9:20
Dois professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foram para a Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, onde participaram de uma missão de pesquisa e acompanharam a implantação de um software desenvolvido na instituição. Para eles, essa atuação possibilitou "trocas de experiências e tecnologias, sobretudo, fazendo o conhecimento circular em rede”.
A missão faz parte de uma ação do Grupo de Estudo em Segurança Energética (Gesene), vinculado ao Departamento de Relações Internacionais e à Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais da UFPB. A ação possui característica interinstitucional, envolvendo mais duas universidades federais brasileiras, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Estiveram em Nova York o professor Iure Paiva, do Departamento de Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais da UFPB, e a professora Amanda Galvíncio, do Departamento de Fundamentação da Educação da universidade. Além deles, estão os professores Rafael Mesquita e Antônio Pires; e Alexandre Hage, da UNIFESP.
A missão é fruto de uma parceria que começou em 2018 entre o Grupo de Estudo em Segurança Energética da UFPB e o Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores. Durante a cooperação, surgiu esta oportunidade de membros do Gesene realizarem uma ação de pesquisa durante a presidência do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. A equipe de pesquisadores é recepcionada pela Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas (Delbrasonu).
Após uma fase de planejamento com o Itamaraty e a Delbrasonu, foram traçados três objetivos gerais para a missão de pesquisa do Gesene (veja essas finalidades abaixo):
Objetivo 1- Acompanhamento das atividades preparatórias da Delbrasonu e as reuniões presididas pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, incluindo a atuação junto ao secretariado e aos representantes das delegações de outros países no Conselho;
Objetivo 2 - Acompanhamento da implantação na Delbrasonu do Enetrix, desenvolvido pelo Grupo de Estudo em Diplomacia e Segurança Energética, centralizado em redes que fornecem recursos especializados, funções computacionais e análise de conteúdo para o usuário final sobre os acordos internacionais do Brasil na área de energia firmados com outros países e organizações transnacionais;
Objetivo 3 - Articulação de evento envolvendo a Regional Nordeste da Andifes e a ONU, numa ação de diplomacia acadêmica internacional para demonstrar o papel das universidades federais do Nordeste na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Projetos de universidades do Nordeste na ONU
Dois produtos são oriundos de pesquisas realizadas em universidades federais nordestinas foram apresentadas durante a missão. O primeiro deles foi produzido na UFPB, o software Enetrix.
O Enetrix foi oficialmente apresentado e começou a ser utilizado pelo Setor Econômico da Delbrasonu que trata das questões energéticas junto às Nações Unidas, atualmente liderada pelo Ministro Emerson Kloss.
Além disso, a mesma ação está prevista para a Embaixada do Brasil em Washington (EUA), neste mês. Seguindo o cronograma estabelecido pelo Gesene e o Departamento de Energia, que prevê a instalação do Enetrix em todos os 43 postos do Itamaraty no exterior que possuem um setor dedicado à questão energética.
O segundo foi desenvolvido na UFPE e surgiu a partir de resultados de pesquisas desenvolvidas pelo projeto Multilateralismo e Desafios Globais, sob coordenação da UFPE e apoiado pelo CNPq.
Relevância para universidades nordestinas
Os professores da UFPB apontam três questões fundamentais que são reflexos da relevância da missão para as universidades brasileiras.
A primeira delas é mostrar a potencialidade do trabalho entre as instituições, que possibilita trocas de experiências e tecnologias, o que faz o conhecimento circular.
Já a segunda, é destacar que a ciência produzida nas universidades está a serviço da sociedade, incluindo a ações de Estado como a diplomacia, possibilitando conhecimento e tecnologia de qualidade, visando melhorar a capacidade de negociação do Brasil frente a outros países.
A terceira é ressaltar que a incorporação da agenda 2030 das Nações Unidas, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pelas universidades federais do Nordeste otimiza e qualifica as ações desenvolvidas no âmbito do ensino, da pesquisa, da extensão, da gestão, da cultura e da inovação universitária, impactando diretamente na formação de nossos estudantes e da qualidade de vida em nossa sociedade.
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