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EDUCAÇÃO

A cinco meses do PSS, alunos estão receosos

Especialistas aconselham manter a calma e ter bom senso na hora dos estudos.

Publicado em 24/06/2012 às 18:00

A mesa coberta por livros, escondida sob folhas rabiscadas e com anotações, parece revelar a longa jornada de estudos de Isabel de Souza Rodrigues. Aos 17 anos, a garota pretende ingressar no curso de Medicina da Universidade da Federal da Paraíba (UFBP) e, para realizar o sonho que nasceu ainda na infância, ela passa horas em frente aos papéis, se esforçando para assimilar os conteúdos que serão cobrados na prova.

O ritmo intenso de dedicação aos livros é acompanhado pelos olhares atentos da mãe. “Ela sempre quis ser médica. Desde criança já brincava disso. Hoje, ela se tornou uma menina muito esforçada. Além do colégio, faz atividades complementares, estuda inglês, português. Pela rotina que tem, já tem se mostrado estressada. Eu fico sempre por perto para dar força e aconselhar, mas a gente só conquista as coisas na vida através do sacrifício mesmo”, diz a mãe da jovem, a servidora pública Iselma Rodrigues.

Isabel faz parte da legião de estudantes que pretendem participar do Processo Seletivo Seriado (PSS) 2013 e conquistar uma vaga oferecida pela UFPB. Apesar de sonhos diferentes, todos têm em comum o desafio de manter a calma diante da pressão do tempo. O exame seletivo só ocorrerá no final do ano, no entanto, os quase cinco meses que separam os candidatos da prova parecem infinitamente curtos diante da imensidão dos assuntos programados.

Apesar de considerar natural a apreensão dos alunos, os especialistas ressaltam que não adianta nada entrar em desespero e que as horas de estudos devem ser ministradas com bom senso, disciplina e planejamento. Saber dosar corretamente esses elementos é o segredo para garantir o sucesso no vestibular. É o que garante o professor de Geografia Hamilton Santos.

Com experiência de quem possui 12 anos em sala de aula, preparando alunos para encarar o vestibular, ele conta que não adianta o aluno querer estudar de forma aleatória. Traçar um cronograma e prioridades é tão importante quanto a própria dedicação aos estudos. “É preciso ter planejamento, organização e obedecer a um cronograma para ver os conteúdos dentro desse pouco espaço de tempo”, diz.

Por muitos anos, a geografia foi mal compreendida pelos estudantes e até classificada como matéria decorativa. No entanto, isso mudou. “Hoje, as provas de geografia estão mais discursivas e não apenas decorativas, como ocorria há 30 anos.

Os assuntos da geografia são abordados dentro de outras disciplinas, naquilo que chamamos de interdisciplinaridade”, analisa.

“São questões que exigem interpretações, conhecimento crítico.

Por isso, é preciso que o aluno fique atento às atualidades.

Assuntos, como a Rio + 20 e a queda do regime ditatorial no Oriente Médio deverão ser abordados na prova”, opina Hamilton Santos.

O presidente da Comissão Permanente de Vestibular (Coperve), João Lins, concorda com o geógrafo. Ele confirma que as provas já começaram a ser elaboradas, mas que ainda não foram concluídas. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em outubro. “Nessa primeira etapa, estamos fazendo as provas da 1ª série do PSS. Em seguida, começaremos a 2ª série e, assim, por diante. Os candidatos precisam ficar atentos aos acontecimentos atuais, que poderão, sim, serem explorados”, declara.

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Jornal da Paraíba

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