EDUCAÇÃO
Como usar o ECA como repertório na redação do Enem
Professora de redação explica estratégias para aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na redação dissertativa-argumentativa do Enem.
Publicado em 18/10/2025 às 15:43

A redação do Enem exige que o candidato siga uma estrutura bem clara: introdução, desenvolvimento e proposta de intervenção. Nesse sentido, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma ferramenta útil para fundamentar argumentos, pois garante direitos de crianças e adolescentes e permite sustentar ideias sobre temas de educação, políticas públicas e proteção infantil.
A professora de redação Josy Kelly explica:
LEIA TAMBÉM:O Enem, na estrutura da redação dissertativa-argumentativa, cobra do candidato um repertório legitimado, pertinente e produtivo. Por esse motivo, o uso de leis, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é uma excelente estratégia para fundamentar a sua opinião
Como apresentar o ECA na introdução
Segundo Josy Kelly, a introdução deve apresentar a definição da lei antes de desenvolver a tese e os argumentos. Um exemplo dado pela professora mostra como contextualizar o tema:
“O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o conjunto de leis que garante os direitos fundamentais de crianças e adolescentes no Brasil. Entretanto, apesar das garantias previstas na lei, o público infantil ainda enfrenta condições de vulnerabilidade no Brasil, principalmente quando expostas nas redes sociais. Dessa forma, a negligência estatal e a ausência familiar são fatores que contribuem para a invisibilidade do problema.”
Nesse primeiro momento, o ECA serve para situar o leitor e introduzir o argumento central do texto.
Como usar o ECA no desenvolvimento
No desenvolvimento, o candidato aprofunda os argumentos apresentados na introdução. A lei deve dialogar diretamente com o problema. Veja um exemplo:
“De acordo com o ECA, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde e à educação. No entanto, esse princípio é frequentemente negligenciado, como se observa nos mais variados vídeos publicados nas redes sociais. Consequentemente, essa superexposição explicita a falta de fiscalização por parte das autoridades e da própria família, visto que a criança perde a sua infância e momentos de lazer com os colegas para estar ‘se exibindo’ em plataformas públicas, ocasionando uma adultização.”
Com isso, o candidato consegue embasar argumentos concretos e mostrar compreensão da lei.
Como incluir o ECA na proposta de intervenção
Na proposta de intervenção, é importante indicar ações concretas ligadas à lei. A professora de redação sugere:
“O Ministério da Educação deve promover ações que garantam o cumprimento das normas do ECA.”
Essa menção demonstra conhecimento da legislação e aplica o repertório legal à prática, fortalecendo a redação.
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