EDUCAÇÃO
Consuni adia 2º turno das eleições da UFPB
Adiamento foi solicitado pela chapa de uma das candidatas, por 24 centros acadêmicos e por um estudante de pós-graduação devido à greve dos professores.
Publicado em 26/05/2012 às 8:00
Por decisão do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em reunião ocorrida ontem, o 2º turno da eleição que vai escolher o novo reitor da instituição foi adiado. O adiamento foi solicitado pela chapa de Lúcia Guerra (uma das candidatas), por 24 centros acadêmicos e também por um estudante de pós-graduação. O argumento de todos foi o de que a greve dos professores iniciada no dia 17 de maio se configura como anormalidade acadêmica, situação que, de acordo com a resolução que rege a consulta eleitoral, constitui motivo para o adiamento.
O Consuni se reuniu na Secretaria dos Órgãos Deliberativos Superiores (SODS), no campus de João Pessoa. Foram 23 votos a favor do adiamento, dez contra e quatro abstenções. A nova data do 2º turno da eleição, que estava marcada para a próxima quarta-feira, vai depender do fim da greve dos professores da instituição. “Quando houver o fim da greve o Consuni se reúne e marca uma nova data para o 2º turno”, disse o professor Jonábio Barbosa, coordenador da comissão eleitoral da UFPB.
O adiamento foi recebido de formas diferentes pelas candidatas Margareth Diniz e Lúcia Guerra. “Acho que é um momento muito importante para a comunidade universitária. Nós não podemos ter uma eleição com a universidade esvaziada. Nós só podemos ter eleição se os três segmentos (professores, servidores e estudantes) participam”, disse Lúcia. “A comunidade vai poder analisar mais profundamente as propostas das duas candidatas”, completou.
Margareth Diniz disse que não concordou com o posicionamento que foi tomado pelo Consuni. Para ela, mesmo com a greve dos professores, a eleição poderia transcorrer normalmente, pois já aconteceu situação parecida. “Eu lamento, essa decisão para mim é paradoxal. Houve uma eleição no ano 2000 com os servidores administrativos em greve e foi autorizada por esse mesmo grupo que hoje está na reitoria”, criticou. “Agora vamos esperar o término da greve, que é algo que não tem previsão pois depende das negociações nacionais”, enfatizou. O primeiro turno das eleições aconteceu no dia 16 de maio. Margareth obteve 49,66% dos votos e Lúcia, 35, 93%.
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