EDUCAÇÃO
Pesquisador europeu participa de evento sobre Arquitetura moderna
Fernando Alvarez, da Universidade Politécnica da Catalunha, explica que a geração atual precisa dialogar com o Movimento Moderno.
Publicado em 28/05/2010 às 15:08
Da Redação
O 3º Docomomo tem reunido personalidades locais, regionais e até internacionais da arquitetura moderna. Uma delas é o professor Fernando Alvarez Prozorovich, da Universidade Politécnica da Catalunha, que tem orientado teses de doutorado sobre arquitetura moderna. Durante a abertura desta edição do evento, Alvarez compartilhou com os participantes a experiência de estudar e restaurar uma residência em Barcelona.
Para o professor a tentativa de se elaborar uma teoria geral de conservação dos patrimônios modernos tende a ser menos eficaz que um compêndio de estudos de caso, pois estes podem fornecer um leque de soluções para conservação e preservação de obras.
Questionado sobre as diferenças entre os dois conceitos - conservação e preservação - citada em uma das mesas do primeiro dia de painéis, Alvarez demonstrou interesse em se aprofundar na explanação apresentada. Ele fez ressalvas sobre as significações linguísticas ao lembrar que para ele, que tem o castelhano como primeiro idioma, a ideia de tombamento sempre lhe parece significar "derrubar algo", "fazer cair".
Alvarez elogiou a arquitetura do Centro de Tecnologia da UFPB, onde está sendo realizado a maior parte da programação do Docomomo. Ele destacou que as adaptações feitas nos prédios daqui os tornaram mais eficientes para os fins educacionais a que são destinados. Fazendo um paralelo com a realidade europeia, pontuou que lá é mais difícil alterar algumas estruturas e isto dificulta o diálogo entre preservação e funcionalidade. "Na Europa os restauradores usam umas roupas de Caça-fantasmas", brincou ressaltando os excessos.
Tomando como base o pensamento da historiadora Françoise Choay, Alvarez disse que cada geração tem o impulso de construir, que seria a "competência de identificar". Deste impulso se levanta a questão de como fazê-lo conviver com as manifestações anteriores. O pesquisador ressaltou que mesmo tendo as tecnologias possibilitado a documentação em três dimensões ou até passeios virtais, é fundamental preservar algumas estruturas e mesmo os periódicos, jornais e revistas com anúncios e outras informações que contextualizam o movimento arquitetônico.
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