EDUCAÇÃO
UFPB deve dobrar de tamanho até o ano de 2012
Com um orçamento anual de R$ 900 milhões e chegando ao patamar de segundo maior da Paraíba, atrás apenas da administração estadual, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) deve dobrar de tamanho até 2012.
Publicado em 05/12/2010 às 9:08
De Jacqueline Santos do Jornal da Paraíba
Com um orçamento anual de R$ 900 milhões e chegando ao patamar de segundo maior da Paraíba, atrás apenas da administração estadual, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) deve dobrar de tamanho até 2012. Quem passa pelos campi, em especial no campus I, pode ver as mudanças. A instituição está passando por intervenções na estrutura física de todos os centros. As obras custam de R$ 5 mil a R$ 13 milhões.
Desde 2008, a universidade investe o montante de R$ 40 milhões a cada ano em ampliação e construção de novas instalações. Os incrementos consistem em novas e equipadas salas de aula, laboratórios, bibliotecas, restaurantes e residências universitárias, além de outros equipamentos modernos. Os esforços realizados na reforma e edificação dos campi se estendem ao espaço de circulação e lazer e na parte administrativa, a qual também tem recebido diversas melhoras. Nos últimos quatro anos, a maior universidade do Estado recebeu investimentos que superam o volume referente aos 50 anos anteriores ao processo de extensão.
“A universidade vivencia uma dinâmica de expansão e mais do que dobra de tamanho. Essa realidade está refletida no orçamento: antes das intervenções, que começaram em 2008, era de R$ 400 milhões. Hoje, está em R$ 900 milhões, meta prevista para 2012. Esperamos alcançar a cifra de R$ 1 bilhão já no próximo ano. Isso assegura que não se trata de aventura. Os meios que dão suporte a essa expansão, que é de grande porte, estão crescendo na mesma proporção”, enfatiza o reitor da UFPB, Rômulo Polari, que concedeu entrevista exclusivo à reportagem do Jornal da Paraíba.
Porém, mesmo com o clima de expansão, há quem enumere diversos problemas em meio às reformas. As principais queixas partem do alunado dos cursos implantados no novo campus do Litoral Norte. Laboratórios sem equipamentos, constante falta d’água na instituição e deficiências no setor de transporte dos alunos foram alguns pontos levantados pelos universitários que estudam na unidade, que fica em Rio Tinto e Mamanguape. Para alguns professores, ainda, a expansão está sendo feita sem critérios de comodidade, conforto e planejamentos necessários – tudo para alcançar as metas do MEC.
Todas as mudanças na principal universidade do Estado são frutos de investimentos maciços do tesouro federal. O boom da ampliação, que envolve desde a área acadêmica (com a implantação de novos cursos e consequente aumento na oferta de vagas) até a infraestrutura, começou há quatro anos, com a viabilização de um programa de interiorização, no qual a UFPB foi uma das contempladas.
Os novos projetos de expandir a universidade para cidades do interior resultou na criação do campus IV - Litoral Norte, onde funciona o Centro de Ciências Aplicadas e Educação. O investimento girou em torno de R$ 23 milhões e as obras não param.
“O campus do Litoral Norte (Mamanguape/Rio Tinto) saiu do chão para se transformar em um complexo. É a grande obra da UFPB. A estrutura é mais moderna do que a do campus I”, orgulha-se Polari. A estrutura do local conta com infraestrutura completa e equipamentos de alta tecnologia. A obra está em fase avançada, com conclusão prevista para março de 2011. Foram incorporados 12 cursos de graduação.
No ano seguinte à aprovação do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), em 2008, começaram os investimentos nos centros já instalados. É o que se observa no campus I, localizada no bairro Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa. Todos os 12 centros instalados ganharam investimentos nos diversos setores. O Centro de Tecnologia (CT), por exemplo, está tomado por trabalhadores da construção civil. Logo no início, área onde ficava o portão de acesso ao local, a construção dos prédios do Bloco Multimídia do CT, que tem 50% executada, e de mais um bloco de salas de aula estão em ritmo acelerado.
Mais à frente, próximo a uma das entradas principais da universidade, tapumes escondem parcialmente a obra de ampliação do departamento de música. Em formato L, as instalações vão abrigar a escola de música, inclusive com um auditório para sediar eventos com capacidade para comportar dezenas de pessoas. Na lista das obras em execução está ainda o Bloco do Centro de Ciências Médicas – CCM, com melhoramentos nas instalações do curso de medicina (40% executada).
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