ESPORTES
A difícil hora de encerrar carreira
Principal estrela do tricolor paulista, Rogério Ceni ainda não decidiu se continua nos gramados após término do seu contrato.
Publicado em 04/01/2012 às 6:30
Capitão e símbolo do São Paulo, Rogério Ceni começa a cumprir o último ano de seu contrato, em uma idade incomum para atletas profissionais. Em 22 de janeiro, o goleiro completa 39 anos e, levando-se em conta a última temporada, ainda permanece competindo em alto nível. A dúvida que fica é se o arqueiro, em função da ligação ao futebol, estaria pronto para encerrar a carreira.
“Acho que ele ainda tem tempo pela frente, o Rogério está muito bem, fez uma excelente campanha mais uma vez, fez um excelente trabalho em 2011”, comenta Zetti, goleiro campeão mundial interclubes e com a Seleção Brasileira e antecessor de Ceni no São Paulo.
Na última semana, o presidente Juvenal Juvêncio declarou que confia na permanência de Rogério Ceni por mais alguns anos no São Paulo. Obstinado, o próprio jogador também não dá sinais de aposentadoria. No entanto, ao completar o milésimo jogo pelo São Paulo, em setembro do ano passado, o camisa 1 informou que sua decisão seria anunciada apenas no segundo semestre de 2012.
“Sempre é difícil para todo mundo a questão de parar, é complicado encerrar um ciclo que se dedica com tanta vontade, você larga a família, fica no limite o tempo todo. Cada um tem o seu momento de saber, de falar que chegou a hora”, opina Zetti.
Rogério Ceni nunca escondeu que também é movido a resultados. Depois de um período glorioso entre 2005 e 2008 com títulos do Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores e Mundial de Clubes, o São Paulo amarga frequentes tropeços nos últimos três anos. Em 2012, o clube começa do zero, na disputa do Estadual e da Copa do Brasil no primeiro semestre.
De qualquer forma, Rogério Ceni segue como uma das peças mais importantes do Tricolor. Além da qualidade como goleiro, o capitão do time também é a principal esperança nas bolas paradas - são 103 gols marcados na carreira entre faltas e pênaltis.
“Cada um tem a sua maneira de ver a vida fora dos gramados.
Eu tive a minha oportunidade de parar, achei que era o momento.
O corpo não correspondia, eu sempre fui exigente, não estava correspondendo com resultados, acho que cumpri meu ciclo”, completa Zetti, atualmente com 46 anos.
Na questão física, Rogério Ceni convive com a manutenção da cirurgia feita no tornozelo esquerdo, durante o primeiro semestre de 2009. Além disso, ele recebe um tratamento especial para evitar contusões musculares.
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