Esgrima ganha ouro inesperado

Quando entrou na Arena Excel, Jovane Guissone era apenas o 13º no chaveamento. O caminho, então, não era dos mais fáceis.

Mas, mesmo com dois tropeços durante o dia, o brasileiro não desanimou. Passou fase por fase até chegar à final e derrotar Chik Sum Tam, de Hong Kong, e conquistar o ouro na esgrima em cadeira de rodas, na prova de espada, categoria B das Paralimpíadas de Londres. Em sua primeira participação nos Jogos, conquistou uma medalha inédita para o país. O bronze ficou com o francês Alim Latreche.

“Quero agradecer a toda minha família, aos meus amigos e aos torcedores. Essa medalha é do Brasil. No último ponto, não pensei duas vezes: fui para cima e consegui o toque”, disse o brasileiro.

O gaúcho, de 29 anos e único brasileiro na esgrima em Londres, havia sido eliminado nas quartas na prova do florete.

TEREZINHA É OURO
Menos de 24 horas após viverem momentos de frustração com a queda do guia, que recebeu a solidariedade da velocista, nos 400m rasos T12, Terezinha Guilhermina e Guilherme Santana voltaram ao Estádio Olímpico e pintaram de dourado sua última imagem nas Paralimpíadas de Londres. Com 12s01, levaram a melhor nos 100m T11, quebraram o recorde mundial (12s04) e voltam para casa com dois ouros e a sensação de dever cumprido.

“Foi muito especial ter conquistado esse ouro depois de tudo que aconteceu ontem. Pude mostrar ao mundo que um dia podemos chorar, mas no outro temos a oportunidade de sorrir, de dançar...”, disse a velocista.