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MEIO AMBIENTE

Desmatamento da Amazônia caiu 42%, mas incêndios aumentam, diz estudo

Apesar da redução nas taxas de desmatamento da Amazônia Brasileira no primeiro semestre de 2023, região registrou o maior número de incêndios desde 2007. Pesquisadores da UFPB e UFCG contribuíram com o estudo.

Publicado em 21/10/2023 às 17:55


                                        
                                            Desmatamento da Amazônia caiu 42%, mas incêndios aumentam, diz estudo
Apesar de redução do desmatamento da Amazônia, estudo revela que incêndios aumentaram no primeiro semestre de 2023. Reprodução: Ascom/UFPB

Pesquisadores identificaram uma diminuição nas taxas de desmatamento da Amazônia Brasileira no primeiro semestre de 2023, ao mesmo tempo que detectaram um aumento no número de incêndios. O estudo realizado por um grupo de cientistas brasileiros e estrangeiros, incluindo pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), foi publicado na Nature Ecology & Evolution.

Segundo a pesquisa, os alertas de desmatamento da Amazônia caíram 42% de janeiro a julho de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. O estudo também observa uma redução nas operações de mineração ilegal e nas comunidades indígenas.

Os pesquisadores afirmam que a redução do desmatamento da Amazônia é resultado das ações políticas e de fiscalização realizadas pelo governo brasileiro, a partir do restabelecimento do Plano de Ação para Prevenir e Controlar o Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).

Em contrapartida, houve um aumento de incêndios ativos e a região registrou 3.075 ocorrências em junho de 2023, o maior número de incêndios desde 2007, que teve 3.519 incêndios. O primeiro semestre de 2023 registrou 8.344, 10,76% superior aos 7.533 incêndios durante os primeiros seis meses de 2022. O estudo indica que o crescimento foi causado por seca e ondas de calor, resultado das mudanças climáticas, combinadas com o desmatamento da Amazônia e o agronegócio. 

Os pesquisadores analisaram os dados da plataforma Terra Brasilis do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que fornece mapas interativos sobre desmatamento, mudanças na cobertura florestal e incêndios ativos nos biomas Amazônia e Cerrado.

As características dos incêndios na Amazônia

O estudo destaca que apenas 19% dos incêndios de 2023 estão ligados ao desmatamento, indicando uma mudança com tendência de dissociação entre os dois fatores. Os pesquisadores apontam que os incêndios estão relacionados às condições climáticas mais quentes e resultantes do El Niño de 2023. 

O trabalho também argumenta que áreas de floresta que foram desmatadas nos anos anteriores só agora estão ficando secas o suficiente para serem incendiadas, somadas às ocorrências de queimadas em pastagens no início da estação seca, realizadas por produtores locais em áreas de pasto. 

Para diminuir os números de incêndios, o grupo de pesquisadores indica a necessidade de ações científicas e de gestão diferenciadas, incluindo a reflorestação, a gestão florestal e a agrossilvicultura. 

As consequências do fogo

Os pesquisadores destacam as consequências graves dos incêndios na região, entre elas, as emissões consideráveis de carbono provenientes da queima de florestas e dos gases de efeito estufa, responsáveis por contribuir ainda mais para as mudanças climáticas. Também há perdas para a biodiversidade local, o que impacta nos serviços ecossistêmicos que apoiam a diversidade biocultural e a bioeconomia da região. 

A saúde humana também sofre os efeitos da poluição, causando problemas respiratórios e prejudicando os meios de subsistência e o bem-estar, principalmente, da população indígena e das comunidades locais, aumentando a mortalidade humana, a morbilidade e a depressão.

A colaboração para a pesquisa inclui cientistas de diversas instituições. Do Brasil, os contribuintes são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Estadual de Mato Grosso, Universidade Federal do Amapá, entre outras. Internacionalmente, acadêmicos da Universidade do Sul do Alabama, Universidade de East Anglia, Universidade Estadual de Michigan, Universidade do Kansas, Universidade de Yale e Universidade de St Gallen contribuem com o trabalho.

Imagem

Redação Jornal da Paraíba

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