Paraibana desaparecida na Ucrânia chega à Crimeia

Silvana Pilipenko conseguiu sair de Mariupol, cidade atacada pela Rússia, com a sogra e o marido, e chegou em casa de familiares na Crimeia.

Foto: Arquivo pessoal

A paraibana desaparecida na Ucrânia, Silvana Pilipenko, que estava desde o dia 3 de março sem falar com a família, conseguiu chegar na Crimeia, região da Ucrânia anexada pela Rússia em 2014. A informação foi confirmada pelos familiares dela, nesta quarta-feira (30).

De acordo com a irmã de Silvana, Mere Vicente, Gabriel avisou à família que falou com a mãe por ligação nesta terça-feira, primeira vez, desde o dia 3 de março, que a mãe conseguiu dar notícias à família. O filho de Silvana não conseguiu mais detalhes porque o sinal da chamada telefônica estava ruim e precisou ser encerrada.

Agora, Silvana está na casa de familiares do marido, na Crimeia, de onde seguirá viagem de volta ao Brasil. De acordo com Mere Vicente, Silvana deve chegar no país de origem em cerca de uma semana.

Silvana é casada há 26 anos com o ucraniano Vassili Pilipenko, capitão da marinha mercante. Eles se conheceram em São Paulo, e, depois de dois meses, se casaram na Paraíba.

A paraibana disse em um vídeo enviado à família há duas semanas que não tinha como deixar a cidade. Ela também relatou que a comunicação estava cada vez mais difícil, devido ao corte de energia elétrica.

“A cidade está cercada pelas forças armadas, todas as saídas estão minadas, então é impossível tentar sair daqui nesse momento. Ontem a internet foi cortada, a energia também, então ficamos sem internet, sem energia”, disse em vídeo.

Gabriel Pilipenko, o filho do casal de 26 anos, trabalha na marinha mercante, como o pai. Ele estava trabalhando em Taiwuan antes da guerra começar.