COTIDIANO
Caso Ana Sophia: após 1 mês, investigação foca em descobrir que crime foi cometido contra a criança
Na última semana, a Polícia Civil anunciou a criação de uma força-investigativa exclusiva para o caso.
Publicado em 04/08/2023 às 9:26 | Atualizado em 14/11/2023 às 8:54
O desaparecimento de Ana Sophia, de 8 anos, completou um mês nesta sexta-feira (4). As buscas, perícias e os dezenas de depoimentos colhidos não apontaram de forma clara o que aconteceu com a criança e a Polícia Civil ainda busca determinar qual crime foi cometido contra a menina. O corpo do principal suspeito do desaparecimento da menina, Tiago Fontes, foi encontrado morto em 9 de novembro. Ana Sophia está desaparecida desde o início de julho.
“Todo trabalho está sendo feito para que a gente localize Ana Sophia, isso eu posso garantir. Perícias foram realizadas, 44 pessoas foram ouvidas e buscas aconteceram”, afirmou a delegada em entrevista à TV Cabo Branco.
A última novidade sobre o desaparecimento é a criação de uma força-investigativa exclusiva, formada por dois delegados, um escrivão e oito investigadores da Polícia Civil. A delegada Maíra Roberta é uma das agentes do grupo e explica que a estratégia é baseada em outros casos de desaparecimento da Paraíba e em experiências de outros estados que renderam resultados positivos.
Segundo a delegada, no início das investigações existia a possibilidade da menina estar perdida na mata, por isso foram realizadas várias buscas na região em busca de um corpo, um trabalho conjunto realizado com o Corpo de Bombeiro, Polícia Militar e Polícia Civil. Os investigadores trabalham agora com foco em descobrir o que aconteceu com a criança.
A Polícia Civil também mantém contato com as equipes de estados vizinhos, que trabalham em parceria e apuram possíveis informações sobre a localização da menina.
Maíra Roberta afirma que não é possível determinar quando a Polícia Civil vai ter uma resposta sobre o caso e será necessário esperar o fim das investigações.
Maíra Roberta lamenta não poder cravar um tempo para concluir as investigações e explicar o que aconteceu. Segundo ela, o tempo da investigação corre diferente do nosso e é necessário esperar as respostas que os investigadores vão encontrar.
“Como eu costumo dizer, o tempo da investigação é diferente do tempo em que a gente anseia por uma resposta. A gente gostaria de dizer que em cinco dias vamos dar uma resposta (sobre o que aconteceu com a menina), mas temos muita responsabilidade com o nosso trabalho”, afirmou.
O desaparecimento de Ana Sophia
No dia 4 de julho, por volta das 12h, a menina Ana Sophia Gomes, de 8 anos, saiu de casa, no distrito de Roma, município de Bananeiras, para brincar na casa de uma amiga da mesma faixa etária. De acordo com a família, como se trata de um local pequeno, onde todas as pessoas se conhecem, a menina era acostumada a fazer esse caminho.
- Entenda o desaparecimento de Ana Sophia
Câmeras de segurança da rua captaram imagens de Sophia indo até a casa da amiga. Porém, de acordo com o delegado Thiago Cavalcanti, ela não teria permanecido na residência, porque a amiga estava de saída com a família para Solânea.
No entanto, a menina não chegou em casa, portanto, a suspeita é de que ela tenha desaparecido nesse trajeto.
De acordo com o delegado Thiago Cavalcanti, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros se juntaram à Polícia Civil para fazer buscas na região. Cães farejadores e uma equipe de mergulhadores participaram da ação. Até um açude foi esvaziado durante buscas pela menina. “Estamos verificando todas as possibilidades”, declarou o delegado.
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Na sexta-feira (28), a Polícia Civil montou uma força-investigativa exclusiva, com dois novos delegados, um escrivão e oito investigadores. Os objetos encaminhados para a perícia durante as primeiras buscas e apreensões no local também começando a chegar e os agentes estão trabalhando em análises.
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