Clientes vão até Braiscompany em Campina Grande buscar informações após operação da PF

Empresa é alvo de operação da Polícia Federal que investiga crimes em movimentação financeira.

Sede da Braiscompany, em Campina Grande. Reprodução/TV Paraíba

Depois da operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (16) por crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, na sede e em endereços ligados à empresa paraibana Braiscompany, clientes da empresa foram até o local, em Campina Grande, buscar informações.

Às equipes da TV Paraíba, alguns clientes que estavam de frente à empresa e não quiseram se identificar buscavam informações junto à Polícia Federal. As pessoas buscavam satisfação sobre os valores investidos na “Brais”, que prometia rendimentos entre 3% e 10% em cima dos valores investidos.

Clientes vão até Braiscompany em Campina Grande buscar informações após operação da PF
Foto: Divulgação/PF

Depois da operação, um dos clientes relatou que tentou quebrar o contrato que tinha assinado em agosto do ano passado. A quebra seria feita por conta dos atrasos.

Estou na luta. Vim aqui presencialmente para tentar ver o documento e só vou sair daqui com o destrato assinado… Mesmo eles prometendo 30% sobre o capital que investi”, afirmou.

O documento ao qual se refere o cliente é justamente o que regulamenta a quebra do contrato entre ele e a empresa.

Outros investidores foram até a empresa apenas para “ver com os próprios olhos” o que estava acontecendo. Ainda segundo a equipe da TV Paraíba, eles foram orientados por advogados a irem até a Central de Polícia Civil de Campina Grande prestar Boletim de Ocorrência.

Operação Halving

A Operação Halving tem o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. Segundo os investigadores, em tese, cometidos por sócios da empresa especializada em criptoativos.

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo. Os alvos são endereços ligados a pessoas da empresa e também as sedes do empreendimento.

Na operação a Justiça Federal tamabém determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da Braiscompany. A investigação apura crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais em tese cometidos por sócios empresa especializada em criptoativos.

R$ 1,5 bilhão

A PF informou que aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptoativos foram movimentados nos últimos 4 anos, em contas vinculadas aos suspeitos. Entre eles, o sócio majoritário e responsável pelos negócios, Antônio Ais.