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COTIDIANO

Plataforma educacional ligada a Braiscompany encerra atividades

Geração Crypto era considerada o ‘braço’ da Braiscompany no mercado educacional de criptomoedas.

Publicado em 21/03/2023 às 16:48


                                        
                                            Plataforma educacional ligada a Braiscompany encerra atividades
Antônio Neto, conhecido como Antônio Neto Ais, e Fabricia Campos, fundadores da Braiscompany. Foto: Divulgação/Braiscompany

Uma plataforma educacional, com cursos online sobre o mercado de criptomoedas, ligada a Braiscompany, anunciou nesta segunda-feira (20) que estava encerrando as atividades. O fim da plataforma "Geração Crypto" foi anunciado nas redes sociais.

Pelas redes sociais, a empresa afirmou ser “inviável” a continuação das operações devido ao quadro societário atual, que é composto pelos donos da Braiscompany. Além disso, a nota também afirma que mesmo após decisões judiciais que bloquearam todas as contas da Braiscompany em fevereiro, a empresa continuou fornecendo serviços aos clientes.

A empresa, que era considerada um ‘braço’ da Braiscompany no mercado de educação sobre criptomoedas, opera há 3 anos e se declarou como “não tendo responsabilidade” sobre as acusações que pesam contra a empresa principal. 

A decisão pelo encerramento das atividades partiu dos investidores que faziam parte da Geração Crypto.

Também na nota, o investidores, conhecidos como traders, informaram que vão ‘migrar’ o serviço para formação de outra empresa que vai cuidar basicamente das mesmas atribuições de oferecer serviços voltados para quem quer aprender sobre o mercado de criptomoedas. 

Entenda o caso Braiscompany


				
					Plataforma educacional ligada a Braiscompany encerra atividades
Divulgação/Braiscompany. Sede da Braiscompany - Divulgação/Braiscompany

A Braiscompany se envolveu em uma polêmica financeira com suspeita de atraso de pagamentos de locação de ativos digitais para clientes. Denúncias feitas nas redes sociais deram início ao caso, que desde o dia 6 de fevereiro passou a ser investigado também pelo Ministério Público da Paraíba.

Idealizada pelos sócios Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, a Braiscompany é especialista em gestão de ativos digitais e tecnologia blockchain. Os clientes convertiam seu dinheiro em ativos virtuais, que eram "alugados" para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela "locação" dessas criptomoedas.

Milhares de campinenses, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos, investiram suas economias pessoais sob a promessa de um ganho financeiro ao redor de 8% ao mês. É uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado.

No último dia 17 de fevereiro, a Braiscompany teve contas bloqueadas na justiça, após decisão tomada pelo Ministério Público. Ao todo, as ações bloquearam R$ 45 milhões das contas da empresa. 

Além disso, um dia antes, em 16 de fevereiro, a Polícia Federal realizou a Operação Halving com objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, na sede e endereços ligados à Braiscompany. As ações da PF aconteceram em sedes da empresa em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo.

Os crimes investigados somam uma pena de 12 anos de prisão mais multa. Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais são considerados foragidos pela Justiça e ambos têm paradeiro desconhecido atualmente. 

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Jornal da Paraíba

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