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VIDA URBANA

Falta serviço de urgência na PB, revela sindicato

Segundo o Simed, quem precisa serviços do SUS  fica à mercê da própria sorte.

Publicado em 16/10/2011 às 13:16

Imagine que no meio da madrugada, alguém da sua família acorda reclamando de fortes dores no peito. Você, desesperado e sem saber o que fazer, chama um táxi ou coloca a pessoa no seu próprio carro e sai em busca de socorro. Em meio a toda essa confusão, você tenta lembrar qual hospital em João Pessoa atende emergências cardíacas. Se o paciente tiver um plano de saúde razoável terá hospitais a escolher e o problema pode ser contornado.

O mesmo não acontece com quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), pois apesar do alto índice de problemas cardíacos no Estado, o atendimento – quando existe – é precário ou ineficiente. Um cenário que vai na contramão dos números: em 2010, segundo o Ministério da Saúde, 2.837 pessoas morreram, na Paraíba, em decorrência de problemas cardíacos.
Em João Pessoa, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde referentes a abril deste ano, 663 pessoas morreram também em consequência de complicações no coração. De acordo com o Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), quem precisa de urgência ou emergência cardiológica pelo SUS, no Estado, fica à mercê da própria sorte.

“Infelizmente, as urgências clínicas e cardiológicas são um grande problema e desafio, pois não existem políticas públicas para resolver esses casos, sobretudo nos feriados e finais de semana”, afirmou o médico Tarcísio Campos, presidente do Simed-PB. E assim, o problema soma-se aos outros existentes na saúde pública da Paraíba. Não há nenhum hospital público de referência em cardiologia.

Assim como a segurança, a educação e o lazer, a saúde é um direito previsto na Constituição Federal, porém, o que se vê é um abismo entre a realidade e a lei. De acordo com Tarcísio Campos, diante de uma urgência ou emergência cardiológica, quem depende do SUS tem poucas opções. Uma delas seria recorrer aos hospitais particulares conveniados, como o Dom Rodrigo, Santa Paula ou o Prontocor.

“Esses três hospitais são ligados à parte de cirurgia cardíaca, mas não têm o atendimento clínico”, frisou o sindicalista. Ou seja, nesses hospitais o paciente só será atendido se o caso for de cirurgia; qualquer outra situação, mesmo grave, será encaminhada a outra unidade hospitalar. E diante disso, geralmente, o Hospital Edson Ramalho também costuma ser procurado pelos pacientes nessa situação.

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que os conveniados são responsáveis pelas cirurgias, mas o atendimento clínico deve ser feito em outros hospitais, que pode ser o Edson Ramalho ou Ortotrauma. E garantiu que ninguém fica sem atendimento: o paciente, depois de receber os primeiros socorros, é encaminhado ao hospital conveniado, caso necessite de cirurgia.

A Secretaria Municipal de Saúde admitiu a inexistência de um hospital de referência em cardiologia, mas afirmou que o atendimento é garantido em outras unidades.

No entanto, boa parte da população desconhece que essa unidade hospitalar não tem estrutura: a área de emergência é o próprio corredor do hospital. Uma realidade que assusta, mas que acaba sendo a única esperança de centenas de paraibanos. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, se o médico constatar que o paciente precisa, por exemplo, de um cateterismo, o mesmo será levado para o Hospital Dom Rodrigo.

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Jornal da Paraíba

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