POLÍTICA
Aberto processo contra Demóstenes
Para o relator do caso, indícios de quebra de decoro justificam abertura de processo contra Demóstenes Torres.
Publicado em 04/05/2012 às 6:30
Ao pedir ao Conselho de Ética do Senado a abertura de processo disciplinar contra Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o relator do caso, Humberto Costa (PT-PE), disse que o colega "faltou com a verdade" quando negou conhecer as atividades ilícitas de Carlinhos Cachoeira.
Segundo Costa, o senador usou o mandato para atuar em favor dos interesses de Cachoeira e mantinha mais que "relações sociais" com o empresário, de quem é amigo.
Demóstenes é investigado pelo Conselho de Ética por sua ligação com o empresário do ramo de jogos de azar.
Em seu relatório, Costa o acusou de obter "vantagem indevida" por ter recebido presentes de casamento e um rádio Nextel de Cachoeira --mais um indício da quebra de decoro que, segundo o senador, justifica a abertura de processo no conselho.
Ele elaborou seu parecer sem mencionar as escutas telefônicas da Polícia Federal que flagraram conversas de Demóstenes com Cachoeira. Como o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda vai julgar a possível nulidade das escutas, Costa teme que a defesa do senador questione o parecer se houver menção a elas.
Em discurso no plenário da Casa no dia 6 de março, Demóstenes confirmou a sua amizade com Cachoeira, mas negou conhecer qualquer irregularidade cometida pelo empresário. Na ocasião, também disse que militou contra a legalização de jogos de azar durante o seu mandato.
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