Blocão se reúne amanhã para definir candidatura ao governo

A unidade das oposições no primeiro turno das eleições na Paraíba será tema de discussão de uma reunião do chamado Blocão, que agrupa partidos como PT, PP e PSC. O encontro será amanhã, a partir das 15h, na sede do diretório do PSC, em João Pessoa.

O anúncio foi feito ontem pelo presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, Charliton Machado. “Nós temos que acelerar as decisões políticas em relação ao cenário que está posto agora, um cenário de embate com duas candidaturas que nós consideramos governistas”, afirmou o petista, referindo-se ao senador Cássio Cunha Lima, que já admite a possibilidade de concorrer ao governo.

“São duas candidaturas governistas. Não dá para tratar Cássio como oposição, de que não tem nenhum compromisso com o governo de Ricardo”, acrescentou Charliton. Para ele, é importante a unidade da oposição no primeiro turno, mas sem imposição de nomes. “Se houver imposição, as dificuldades se tornam muito grandes”, destacou. Ele lembrou que assim como o PMDB dispõe do nome de Veneziano para disputar o governo, os partidos que formam o Blocão também já lançaram nomes para a disputa como Nadja Palitot pelo PT e Leonardo Gadelha pelo PSC.

O presidente do Diretório Estadual do PP, Enivaldo Ribeiro, não adiantou se o partido apresentará um nome amanhã. Ele concorda com a tese de uma oposição unida ainda no primeiro turno, mas lamenta que o PMDB imponha candidatura.

“Esse é o problema de sentar para discutir com o PMDB. O camarada não pode discutir esse assunto com uma candidatura já imposta, até porque como é que você vai sentar para fazer um acordo nesses termos? O ideal seria que o partido viesse sem candidatura”, disse. Além de Enivaldo, participam do encontro amanhã a deputada Daniella Ribeiro e o presidente do diretório do partido em João Pessoa, o vereador Durval Ferreira.

Segundo o tesoureiro do Diretório Estadual do PMDB, Antônio de Sousa, o desejo do partido de marchar unido com o Blocão é grande, mas ele não vê problema em segurar a aliança apenas para o segundo turno.

“É natural que os partidos apresentem seus nomes e defendam suas candidaturas. O PMDB sempre teve uma relação muito amistosa com o PT. Em 2002, nós marchamos com Lula quando tínhamos um candidato que era vice de Serra. Vamos trabalhar para uma coligação ainda no primeiro turno. Em não havendo, que a gente marche unido no segundo turno”, disse.

Para Antônio, apenas com as convenções, que ocorrerão de 12 a 30 de junho, o cenário do primeiro turno das eleições será efetivamente conhecido. (Colaborou Larissa Claro).