POLÍTICA
Bolsonaro diz que exame de coronavírus feito por ele deu negativo
Presidente esteve com Donald Trump no EUA; secretário já foi confirmado com a doença.
Publicado em 13/03/2020 às 12:58 | Atualizado em 13/03/2020 às 17:01
O teste realizado no presidente Jair Bolsonaro deu negativo para Covid-19, o coronavírus. A informação foi divulgada pelo próprio Bolsonaro nas redes sociais, o final da manhã desta sexta-feira (13). A saúde do presidente foi colocada em alerta após o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, ter sido diagnosticado como portador do vírus. Eles estiveram nos Estados Unidos na semana passada em agenda oficial com o presidente Donald Trump.
Bolsonaro divulgou a informação do resultado negativo com uma imagem fazendo um gesto ofensivo contra repórteres. Mais cedo, alguns veículos brasileiros e internacionais deram que o exame tinha atestado positivo para o coronavírus.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1238490282385080322
Por causa da suspeita, Bolsonaro cancelou compromissos, como a viagem que faria nesta quinta-feira (12) ao Rio Grande do Norte, e passou o dia no Palácio da Alvorada. À noite fez um pronunciamento em cadeia nacional para rádio e TV. Ainda aguardando o resultado do exame, ele apareceu de máscara ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e de uma intérprete de libras, ambos também de máscaras.
"Estou de máscara porque uma das pessoas que veio no meu voo desceu em São Paulo, fez exames e deu positivo. Não tem o resultado do meu ainda. Estão dizendo que deu negativo. Tomara que esta fake news seja verdade", afirmou Bolsonaro, referindo-se ao secretário Fabio Wajngarten. Ele está em isolamento domiciliar em São Paulo após ter tido o resultado positivado para coronavírus nesta quinta-feira.
Pronunciamento
No pronunciamento, Bolsonaro pediu que a população brasileira, diante da decretação da pandemia de coronavírus, repense a ida às manifestações previstas para o próximo domingo (15). “Os movimentos espontâneos e legítimos, marcados para o dia 15 de março, atendem aos interesses da nação. Balizados pela lei e pela ordem, demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados. Nossa saúde e a de nossos familiares devem ser preservadas”.
Sistema de saúde
Segundo Bolsonaro, o sistema de saúde brasileiro tem um limite de pacientes que podem ser atendidos e o governo está “atento para manter a evolução do quadro sob controle”. Mesmo assim, o presidente ressaltou que a expectativa é de aumento no número de infectados no país nos próximos dias. De acordo com ele, no entanto, não há motivo para pânico.
“Há uma preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos. Há também, recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente.”
O presidente disse ainda que o momento é de “união, serenidade e bom senso” e que "o povo está atento e exige de nós respeito à Constituição e zelo pelo dinheiro público".
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