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POLÍTICA

Bolsonaro veta lei que dá a alunos e professores acesso gratuito à internet

Presidente justificou que a 'medida dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro'.

Publicado em 19/03/2021 às 11:48


                                        
                                            Bolsonaro veta lei que dá a alunos e professores acesso gratuito à internet

				
					Bolsonaro veta lei que dá a alunos e professores acesso gratuito à internet

O presidente Jair Bolsonaro vetou, integralmente, um projeto de lei que prevê o acesso à internet, com fins educacionais, a alunos e professores da rede pública de educação. O veto total foi publicado na edição desta sexta-feira (19) do "Diário Oficial da União" (DOU).

O texto, aprovado em fevereiro pelo Congresso Nacional, define que o governo federal destine recursos para estados e municípios aplicarem em ações que garantam internet gratuita, em razão da adoção do ensino remoto durante a pandemia de covid-19.

No veto, Bolsonaro diz que a medida é inconstitucional e contraria o interesse público ao aumentar a “alta rigidez do Orçamento, o que dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro”. Além disso, contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois o texto não apresenta a estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro.

“Por fim, o governo federal está empregando esforços para aprimorar e ampliar programas específicos para atender à demanda da sociedade, por meio da contratação de serviços de acesso à internet em banda larga nas escolas públicas de educação básica, a exemplo do Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), instituído pelo Decreto nº 9.204, de 2017, e do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), bem como do Programa Brasil de Aprendizagem, em fase de elaboração no Ministério da Educação”, diz a mensagem.

Impacto

Além da internet, a proposta prevê a aquisição de tablets para todos os estudantes do ensino médio da rede pública vinculados ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), tomando como referência o preço de R$ 520 por equipamento.

De acordo com o texto, a estimativa do impacto orçamentário e financeiro da proposta é de R$ 26,6 bilhões. Os custos seriam cobertos com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), doações e outros recursos previstos na lei orçamentária.

O veto ao projeto ainda será analisado pelos parlamentares, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo.

Imagem

Angélica Nunes

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