Durante a manhã deste 7 de setembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizaram uma motociata, passando por cidades da Região Metropolitana. À tarde, em João Pessoa, concentraram-se na Praça da Independência e seguiram até o Busto de Tamandaré, em uma carreata.
Na orla, os manifestantes ficaram próximos a um carro de som, onde líderes do movimento gritavam palavras de ordem. Os principais alvos foram os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral e também congressistas, deputados e senadores.
Em uma das faixas, pediam o “saneamento” do STF, TSE e Congresso. Em outra, disseram que os juízes do Supremo são comunistas e pedem a “expulsão” dos ministros corruptos.
Os manifestantes também fizeram a defesa do voto impresso, proposta que já foi derruba pela Câmara dos Deputados, mas que o presidente e seus apoiadores continuam defendendo. No caso de Bolsonaro, afirmando que não haverá eleição sem esse sistema.
Para os apoiadores, as decisões do Supremo “tolhem” a liberdade de expressão e são autoritárias. O que estaria ferindo a constituição. Por isso, em alguns cartazes, também traziam mensagens nessa linha.
Em recentes decisões, o ministro Alexandre de Morais determinou a prisão de bolsonaristas, após pedidos feitos pela Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República. Eles foram acusados de estarem organizando ataques aos ministros e ao Supremo.
Para especialistas, a liberdade de expressão não é absoluta e o seu limite está nos crimes. Nesse caso, ameaças reais aos poderes e instituições do sistema democrático.
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Com colaboração de Joalisson Douglas/Deyse Ponciano. Imagens (vídeo 3) MaisPB
