Policiais e Bombeiros Militares da Paraíba chamaram a atenção, nesta terça-feira (28), com protestos simbólicos e de grande mobilização na frente do Palácio do Governo, em carreata pela cidade e na frente da Granja do Governador, em Miramar.
A insatisfação ganhou motivo objetivo, semana passada, quando os deputados aprovaram Lei de Proteção Social dos Militares. A Lei prevê alterações feitas nas regras de inatividade, reforma e pensões.
De um lado, os PMs, instigados pelo deputado estadual Cabo Gilberto (PSL), alegam que o novo regramento traz prejuízos para a categoria, principalmente para os que estão indo para inatividade.
Do outro, o governo afirmou, em nota, semana passada, que a legislação estadual é apenas a reprodução no estado de Lei Federal, sancionada por Bolsonaro, que precisava ser aprovada até o fim do ano nos estados.
Hoje, nas redes sociais, o governador repetiu o que já havia dito a Procuradoria-Geral do Estado.
A Lei, da fato, tem trechos que são uma reprodução. É só comparar.
E, se não houve “artigos” adicionados pelo estado que possa gerar prejuízos, como alegam os militares, o que estamos vendo é a base bolsonarista reclamando de legislação aprovada pelo próprio capitão. Aquelas contradições dessa política polarizada.
Muitos policiais interpretam a lei como bem entendem. Reproduzem discursos, visivelmente contaminados, e estão indo no embalo. Mas parece que agora isso é o que menos importa.
Insatisfeitos com o tratamento salarial, com a não incorporação da “bolsa desempenho” para inativos, com o plano de carreira, os PMs encontraram nesse momento um terreno fértil para mobilizar, reivindicar, cobrar direitos que foram negados em outros momentos. Têm todo direito.
Ao que parece o governo tentou aprovar a lei federal com ônus e deixou para discutir o “bônus” ano que vem, com uma primeira reunião dia 04, como anunciou o governador. Porém, para estancar a crise, no início do ano eleitoral, tem que apontar soluções concretas.
Antes, não pode ficar esperando a virada passar, precisa reforçar por a+b (para os que querem) que a Lei Federal, que atinge Forças Armadas e militares estaduais, foi obrigatoriamente aplicada por força constitucional.
Precisa deslegitimar o estopim da crise. Talvez, usar os parlamentares da base pra fazer isso. São mais de 20. Incrivelmente, o Cabo faz mais barulho que todos juntos.
Cabo Gilberto e a oposição ao governo faturam como a guerra de narrativas, com a desinformação premeditada. Os manifestantes, focados menos na política e mais na busca por melhores condições de vida na ativa e na inatividade, estrategicamente, entenderam que é hora de lutar.
De fato, o que fazem com os PMs/Bombeiros quando eles se “aposentam”, com perda significativa de renda (chega a 40%), é absurdo (e essa reclamação vem desde a época do ex-governador Ricardo Coutinho, que foi muito criticado por ter implementado uma bolsa que “estourava” quando os PMs iriam para inatividade).
A questão da remuneração, o governo já sabia que teria que encarar. Só não imaginava que o movimento iria ganhar a força que ganhou.
O argumento dos PMs
Cabo Gilberto, que tem liderado o movimento, admite que a Lei Federal exige que todos os estados aprovem sua Lei de Proteção Social porque cabe a União legislar. Segundo ele, ela determinou as regras gerais, como a que proíbe que o militar trabalhe menos que 35 anos e que a alíquota seja cobrada de todos os militares inativos e ativos.
“Daí o que o governador fez. A lei diz que cada ente federado resolva seus problemas com relação a remuneração, de acordo com lei específica deixando o poder discricionário, para que possa fazer a sua lei específica. Mas o que foi que a Paraíba fez? A Paraíba inovou. Ele em invés de resolver os problemas que tinham na instituição, criou mais problemas. Tirou direito seculares, como a promoção de proventos, como o adicional de inatividade, blindando Coronéis para trabalhar até 67 anos, travando o quadro das promoções, prejudicando todos os militares. Daí essa celeuma. Terceirizando a polícia militar com 50% do efetivo com militar temporário”, afirmou.
Cabo Gilberto usou o exemplo do Rio Grande do Norte, que, segundo ele, aprovou a lei federal exigida, sem problemas, porque garantiu que quando um PM for para reserva ele receberá integralmente o soldo que tinha na patente da ativa. E o pensionista também passa a ter direito a essa paridade em relação àquele que, na ativa, recebia de forma integral.
Governador respeite à dignidade dos policiais militares que já cumpriram sua missão por mais 30 anos, nós ADIDOS queremos ir pra reserva, cuidar da nossa saúde e passar o resto de vida que nos faltam com os familiares. Portanto não podemos mais ficar na ativa atendendo ocorrências nas viaturas, somos humanos e essa atividade ficam pra os jovens. ADIDO BOM É ADIDO NA RESERVA.
Lamentável que os políticos bolsonaristas desconhecem a legislação aprovada pelo governo federal. Quem criou é sancionou a lei foi o governo Bolsonar0.
Ora, o Estado não pode conceder os reajustes pedidos por conta da lei nacional.
Esse Governador vai ter sua resposta nas urnas seu ditador.João malvadesa.
Para os que criticam um movimento legal. Deixo apenas uma pergunta. Quanto vale sua vida?
Pois é!
Aminha vale muito pouco para proteger a sua vida.
Junte-se a PMPB é ela que te dará todo o apoio quando vc e sua família estiver em perigo.
Em 2022 vamos dar o troco a esse governador fraco e perseguidor. A sua hora vai chegar.
O Gov alega que segue a lei federal e joga a responsabilidade aos outros. Pq em nenhum estado, além da PB, teve problemas? A Lei Estadual vem com um pacote de maldades destruindo a PMPB. Isso é fato!!
Governador me devolva meu dinheiro, que está sendo descontado ilicitamente, incostitucional que da pbprev que contribui com 30 anos e agora está sendo descontado de novo, a lei diz que, só é pra ser descontado 11% do que passar de 6.000,00 dos inativos, no caso o sr está descumprindo a constituição, e está descontado pbprev integralmente do meu salário que já perdi 40% que foi a bolsa desempenho onde eu recebo 3.832,00 e desconta 401,00 de pbprev.
Sr Governador, todos policiais tem familiares, pais, filhos, irmãos, esposas e respectivas famílias, aguarde Sr Governador, nas eleições todos lembrarão do Sr na hora do voto.
A Paraíba vive tempos difíceis. Um Estado que ainda é controlado com arbítrio e poder centralizado. O Estado está estagnado com um governo arcaico e ultrapassado.