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CONVERSA POLÍTICA

MPPB pede suspensão da obra de prédio que construiu muro na orla do Bessa

A medida, segundo Cláudia Cabral, foi necessária devido a resistência por parte da empresa responsável pela obra, na praia do Bessa, em cumprir a recomendação, expedida em junho.

Publicado em 16/11/2023 às 15:10 | Atualizado em 16/11/2023 às 16:35


                                        
                                            MPPB pede suspensão da obra de prédio que construiu muro na orla do Bessa
Foto: Reprodução/Rede Social

A promotora de Justiça Cláudia Cabral Cavalcante disse, nesta quinta-feira (16), em entrevista à CBN Paraíba, que pediu que à Secretaria de Planejamento da prefeitura de João Pessoa o embargo da obra de construção do Edifício Avoante, na praia do Bessa, realizada pela Delta Engenharia.

A medida, segundo Cláudia Cabral, foi necessária devido a resistência por parte da empresa em cumprir a recomendação conjunta do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público da Paraíba (MPPB), expedida em junho deste ano, para a remoção das estruturas sobressalentes das extremidades da contenção e a readequação da escadaria e sua parede externa, de modo que toda a estrutura de contenção marítima esteja inserida na área do lote particular. Uma ação civil pública foi movida na semana passada, em conjunto com o procurador Renan Paes Felix, para pedir a demolição do muro irregular.

Se nós estamos discutindo a demolição de um muro, como é que um prédio vai continuar subindo? E a segurança disso? Se sair uma decisão para a demolição, aquilo implica diretamente na estrutura da construção", explicou Cláudia Cabral.

Segundo ela, a Seplan já está analisando o embargo do prédio até sair a decisão da Justiça."Nós fizemos um estudo pericial e nós estamos analisando também a altura do gabarito dele", completou, fazendo referência às regras da Constituição Estadual que limita a altura de construções na orla paraibana.

Irregularidades na obra

Em perícia feita pelo Setor de Engenharia do MPF, ficou constatado que a obra avançou em área considerada da União devido à existência de estruturas sobressalentes nas extremidades do muro de contenção e na escadaria e sua parede externa. O perito ambiental do MPPB também constatou o avanço da obra e a irregularidade.

A Prefeitura de João Pessoa e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) na Paraíba também concluíram, após vistorias, que parte do muro de contenção ultrapassou o limite do lote edificável.

Após ser notificada pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) da desconformidade da estrutura com a Licença Ambiental nº 961/2022, a Delta argumentou impossibilidade técnica para realizar o recuo da estrutura para dentro dos limites do lote.

Para o MPPB e o MPF, a alegação é inválida, tendo em vista que outros estados do país, como Rio Grande do Norte e Alagoas, realizaram obras utilizando a mesma técnica de construção feita no Edifício Avoante. O MPPB e o MPF também verificaram que as irregularidades na obra ocasionam pontos cegos que facilitam a prática de crimes.

Resposta da Delta

Ao Conversa Política, a Delta Engenharia enviou nota em que nega que desconhece a ação judicial e que tenha sido resistente ao diálogo e a composição de solução junto ao MPPB e MPF, conforme afirma a promotora Cláudia Cabral em sua fala. "A prova disso é que foi protocolado junto à SUDEMA, no dia 17 de maio deste ano, protocolo Número 2023-002085/TEC/AA-0298, a solicitação de Autorização Ambiental, para que seja feita a adequação nas extremidades da contenção".

Ainda segundo a Delta, "com relação a escadaria, foi provado tecnicamente que a mesma faz parte do projeto aprovado pela Sudema e da impossibilidade de sua retirada. Até o momento, não recebemos essa autorização por parte do órgão ambiental".

No tocante à altura do prédio, segue a nota, a equipe da Secretaria Municipal de Planejamento já esteve no local atestando a legalidade da construção. (segue a nota na íntegra ao final da matéria)

Entenda o caso

Como registrou o Jornal da Paraíba, à época, a obra chamou atenção em fevereiro deste ano, após uma moradora de João Pessoa filmar a construção e divulgar nas redes sociais.

Logo o vídeo viralizou nas redes, muito por conta do Edifício Avoante erguer um quebra-mar (paredão de concreto) para além dos limites de outras construções que já existem na vizinhança. Veja abaixo o posicionamento da construtora e órgãos envolvidos no caso, divulgados em fevereiro.

Nota Delta Engenharia

A Delta Engenharia vem a público esclarecer que em nenhum momento foi resistente ao diálogo e a composição de solução junto ao MPPB e MPF, conforme afirma a promotora Cláudia Cabral em sua fala.

A prova disso é que foi protocolado junto à SUDEMA, no dia 17 de maio deste ano, protocolo Número 2023-002085/TEC/AA-0298, a solicitação de Autorização Ambiental, para que seja feita a adequação nas extremidades da contenção. Com relação a escadaria, foi provado tecnicamente que a mesma faz parte do projeto aprovado pela Sudema e da impossibilidade de sua retirada. Até o momento, não recebemos essa autorização por parte do órgão ambiental.

Com relação à afirmação da promotora, que a construção do prédio seria suspensa, cabe afirmar que se trata de obra totalmente legalizada.

No tocante à altura do prédio, a equipe da Secretaria Municipal de Planejamento já esteve no local atestando a legalidade da construção.

Afirmamos ainda, que até o momento, não tomamos conhecimento de qualquer ação judicial requisitando a demolição da contenção marítima.

No mais, continuamos à disposição para dirimir qualquer dúvida, como sempre estivemos e reafirmamos que a execução da contenção, em referência, foi executada somente após a aprovação dos órgãos licenciadores.

João Pessoa (PB), 16 de novembro de 2023.

Imagem ilustrativa da imagem MPPB pede suspensão da obra de prédio que construiu muro na orla do Bessa

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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