CONVERSA POLÍTICA
Bolsonaro "debocha" do ministro Marcelo Queiroga e da maioria dos brasileiros
Publicado em 24/05/2021 às 15:20 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:56
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
Um dia o ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, lança uma campanha nacional para uso de máscara e para conscientizar as pessoas para evitar aglomerações fúteis. Um maneira de evitar a proliferação do coronavírus.
Horas depois, o presidente Bolsonaro se aglomera em Goiás, abraça, tira fotos, cumprimenta dezenas de pessoas. Ele, os assessores e os apoiadores estão sem máscara.
No outro dia, o ministro diz que vai adotar barreiras sanitárias pelo país para evitar o avanço da variante indiana pelo país.
Um dia antes, o presidente dele junta centenas de pessoas, sem máscara, no Maranhão, e centra fogo contra o governador do estado, Flávio Dino.
Lá, o presidente vai ter que dar explicações e pode pagar multa por descumprimento de normas de decreto sanitário. Terá que fazer defesa e pode ser punido como qualquer cidadão.
Domingo, o ministro Queiroga anuncia, com todas as pompas, o envio de 600 mil testes para detectar o coronavírus no Maranhão, por causa da cepa indiana.
No mesmo dia, no Rio, Bolsonaro, e a claque, incluindo o ex-ministro Pazuello, participam de evento público, aglomerando muito, sem máscara e nem aí para protocolos sanitários.
Em resumo, em plena campanha para 2022, querendo mostrar popularidade, o presidente debocha, sabota, escracha seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e, consequentemente, milhões de brasileiros que lutam para sobreviver, outros tantos que estão se sacrificando para salvar vidas e evitar a proliferação do coronavírus.
Sem falar da grande maioria dos 450 mil pessoas que não sobreviveram para achar tudo isso um absurdo.
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