Buba Germano alega traição governista no anúncio de apoio a Pedro no 2º turno

O deputado estadual Buba Germano alegou 'traição' de aliados do governo João Azevêdo (PSB) para justificar o desembarque do grupo após 12 anos. Conforme antecipado pelo Conversa Política, em coletiva à imprensa, o socialista oficializou o retorno ao grupo dos tucanos, ofertando apoio a Pedro Cunha Lima (PSDB), no segundo turno das eleições.

Buba desistiu de se candidatar a estadual depois ter o nome impugnado pelo MPE. Gilma substituiu o marido, mas ficou como 1º suplente do PSB, após obter 26 mil votos.

Gilma 'sobrou na curva', segundo Buba Germano, por uma 'traição' da articulação política do governo. Não citou nomes, mas o candidato que ficou entre os mais votados em Picuí, sua principal base eleitoral, colado em Gilma em número de votos, foi o deputado Chió (Rede). Ele foi apoiado pelo prefeito governista Olivânio (PT).

"Mesmo com as traições, Gilma cresceu na região. Ampliou sua votação em CG e em JP, e faltou o complemento de 5 mil votos que nos tiraram e compensaram para outro. Não estou com sentimento de responsabilizar ninguém. Não é justo uma região ficar sem representação", lamentou.

Além de fazerem campanha para candidatos de outros regiões em Picuí, sua principal base eleitoral, o deputado afirma que faltou mobilização para assegurar a manutenção da representação do seu grupo na Casa com a atração de candidaturas competitivas.

Não faço política por oportunismos. Eu me elegeria em todas com a votação que Gilma teve. O que faltou foi a sensibilidade do governo de preencher a nominata. Faltou 14 vagas. Eu nunca vi isso na história da Paraíba", desabafou.

Apesar da decepção no pleito, Buba Germano disse que ele não vai deixar o PSB. "É uma tomada de decisão minha. A suplência de Gilma não pertence ao governo, pertence ao povo do Curimataú. É uma decisão de difícil e de coragem", comentou.

Pedro Cunha Lima agradeceu o apoio e disse que o deputado terá papel fundamental na construção das políticas-públicas da sua gestão, caso seja eleito. "Buba chega para contribuir com o processo eleitoral, mas será fundamental a partir do ano que vem para governador junto com a gente", afirmou.