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CONVERSA POLÍTICA

Célio Alves diz que vai recorrer da condenação por violência política de gênero contra Camila

O comunicador Célio Alves foi o primeiro condenado na Paraíba por violência política de gênero.

Publicado em 18/06/2024 às 18:03 | Atualizado em 18/06/2024 às 20:18


				
					Célio Alves diz que vai recorrer da condenação por violência política de gênero contra Camila
Foto: montagem/arquivo pessoal

O comunicador Célio Alves (PSB) emitiu uma nota, nesta terça-feira (18), informando que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) que o condenou por violência política de gênero contra a deputada Camila Toscano (PSDB). Foi o primeiro caso na Paraíba e o segundo no país.

Na nota, Célio Alves diz que foi inocentado na primeira instância e que o relator do caso no recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral ao TRE-PB também votou pela manutenção integral da sentença da juíza eleitoral".

"Da decisão do TRE, a defesa recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral, onde haveremos de provar a minha inocência, restabelecendo a decisão da juíza da 10ª Zona Eleitoral que havia me inocentado", reitera, na nota.

Entenda o caso

O TRE-PB finalizou, nesta segunda-feira (17), o julgamento da primeira ação de violência política de gênero do Estado, condenando o comunicador Célio Alves, ex-candidato a deputado estadual.

Por cinco votos a favor e um contra (do relator), a Corte Eleitoral reconheceu que ele praticou violência política de gênero contra a deputada estadual Camila Toscano.

Além de ficar inelegível por ter sido condenado por um colegiado, a Corte estabeleceu como pena uma de 1 ano e 10 meses de reclusão e 60 dias multa.

Na ação, proposta pelo Ministério Público em agosto de 2022, a promotora eleitoral Danielle Lucena da Costa Rocha relata que durante entrevista a um programa de rádio (que também foi compartilhada nas redes sociais com mais de 10 mil seguidores), Célio Alves disse que Camila Toscano “parece uma youtuber, uma digital influencer” e que acha que ser deputada “é mostrar a cor do cabelo, o tom da maquiagem, se a roupa está bonita ou não, distribuir sorrisos e dizer que é uma alegria estar aqui”.

Confira a nota na íntegra:

NOTA

1. Eu fui INOCENTADO em decisão de primeira instância prolatada pela juíza eleitoral, que ouviu as partes e examinou as provas por elas apresentadas.

2. O relator, no Tribunal Regional Eleitoral, votou pela manutenção integral da sentença da juíza eleitoral, tendo havido entendimento diferente da maioria.

3. Da decisão do TRE, a DEFESA RECORRERÁ ao Tribunal Superior Eleitoral, onde haveremos de PROVAR a minha INOCÊNCIA, restabelecendo a decisão da juíza da 10ª Zona Eleitoral que havia me INOCENTADO.

4. Reitero que nutro o mais republicano respeito pelo TRE da Paraíba e por sua Presidência, tendo inexistido qualquer comportamento inadequado para com a Corte Eleitoral ou com quem quer que seja, o que restará devidamente esclarecido no foro e momento oportunos.

5. Seguirei normalmente com a minha atuação política em Guarabira, onde SEREI CANDIDATO A VEREADOR, submetendo-me ao JULGAMENTO DAS URNAS. A minha luta em defesa do povo de Guarabira jamais vai cessar.

6. VOTEI EM MULHERES EM 11 ELEIÇÕES, para vereadora, prefeita, deputada estadual, senadora, vice governadora, vice-presidente e presidente da República. Posicionei-me contra o golpe que tirou o mandato da única mulher eleita presidente do país. Continuarei a defender a participação da mulher na política, bem como de negros, pobres e de outros segmentos da sociedade que, historicamente, não têm voz nos espaços e instituições públicos.

7. A luta em favor da presença da mulher na política é uma causa nobre, nunca devendo servir de instrumento de disputa político-eleitoral. Por essa razão, estranho que algumas vozes que se levantam agora tenham silenciado totalmente quando o mesmo tipo de acusação ocorreu contra um senador paraibano e um prefeito de uma grande cidade do estado, tão somente por serem do mesmo grupo político.

Imagem ilustrativa da imagem Célio Alves diz que vai recorrer da condenação por violência política de gênero contra Camila

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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