Cícero vai a Queiroga com problemas e volta com promessas

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES 

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), estava em Brasília justamente na semana em que a vacinação da prefeitura da capital foi "emparedada". Bastante elogiada pela agilidade na vacinação de grupos prioritários e especiais, foi alvo de muitas críticas daqueles que estavam radiantes com a 1º dose e se frustraram com a falta da segunda.

O prefeitura adiantou a aplicação, usando a reserva da 2º dose para imunizar mais gente, assim como recomendou o Ministério da Saúde. Foi na base da confiança de que novas remessas de vacinas chegariam para abastecer o estoque. Manobra arriscada que gerou o que nós vimos na terça, com vários idosos tendo que se aglomerar no espaço Cultural.

Parte do problema também gerado por causado causa do aplicativo lançado pela gestão municipal que foi alvo de muitas críticas por não funcionar.

Não dá pra negar a boa vontade de acelerar, mas vai dizer isso para quem confiou que estaria "completamente" imunizado em 28 dias e vai ter que esperar mais um pouco? Para quem criou expectativa, é difícil convencer. Para quem está com prazo vencido ou vencendo para tomar a segunda dose, mais complicado ainda ficar tranquilo.

Em Brasília

O prefeito foi a Brasília ontem (14), apresentou o problema ao ministro, mas vai voltar só com promessas. Volta junto com o ministro, que chega ao estado amanhã (16), na primeira visita oficial no cargo.

Queiroga está na luta, mas já viu que não é fácil cumprir promessas. Ontem comemorou 2 milhões de doses da Pfizer. São apenas 15 milhões até junho. estas, por sinal, nem cobre o déficit de vacinas coronavac que precisariam na capital.

O ministro prometeu 1 milhão de vacinados diariamente em abril. Quando tem vacina, do Butantan, acontece. Mas não é o que está acontecendo.

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