CONVERSA POLÍTICA
Deputada bolsonarista usa 'caso de Lucena' para pedir suspensão da vacinação infantil
Deputada do PSL de São Paulo enviou ofício ao ministro Marcelo Queiroga que ontem (17) esteve no município e tratou o caso como 'erro vacinal'.
Publicado em 18/01/2022 às 21:58
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) resolveu usar o caso de Lucena, já tratado como isolado pelas autoridades sanitárias, para tentar interromper a campanha de vacinação contra Covid-19 de crianças e adolescentes em todo o país. O pedido foi enviado pela bolsonarista ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ao diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, nesta terça-feira (18).
Uma cópia do ofício com os pedidos a Queiroga e Barra Torres foi enviada também ao secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, e para a Secretaria municipal de Saúde de Lucena, onde veio à tona relatos de que 49 crianças tomaram doses Pfizer contra Covid-19 destinadas adultos.
O Ministério Público Federal (MPF), que abriu investigação para apurar quem foram os responsáveis pelo erro vacinal, também foi comunicada do pedido de Zambelli.
No documento, Carla Zambelli (PSL-SP) afirmar que "conforme informações amplamente divulgadas no último domingo (16 de janeiro de 202), dezenas de crianças estão sofrendo reações adversas em decorrência do recebimento de doses de imunizante contra o agente patológico causador da doença do coronavírus", em decorrência da aplicação equivocada da versão da vacina da Pfizer destinada a adultos.
Para a deputada, a ocorrência dos casos em questão demonstra a ineficácia de eventual plano destinado a coordenar a imunização de crianças em território brasileiro, o que coloca em risco a sua integridade física.
O próprio ministro Marcelo Queiroga esteve no município na última segunda-feira (17) para acompanhar a situação das famílias envolvidas no escândalo. Disse que esteve no local a pedido direito do presidente Bolsonaro e tratou o caso como 'erro vacinal'.
O médico paraibano também reforçou que as vacinas contra a Covid-19 para as crianças de 5 a 11 anos são seguras porque são numa dosagem menor, sem relatos de adversos. Na ocasião, ele defendeu que o ocorrido não interferisse no plano de vacinação.
Comentários