CONVERSA POLÍTICA
Domiciano Cabral nega sumiço da campanha de Pedro e diz que não será vice-figurativo
As declarações foram dadas na sabatina com os candidatos a vice-governador, iniciada pela CBN João Pessoa, nesta quinta-feira (18).
Publicado em 19/08/2022 às 8:49 | Atualizado em 19/08/2022 às 9:27
O ex-deputado Domiciano Cabral (Cidadania), candidato a vice-governador da Paraíba na chapa encabeçada por Pedro Cunha Lima (PSDB), negou isolamento da campanha do tucano e disse que não há divergências internas. As declarações foram dadas na sabatina com os candidatos a vice-governador, iniciada pela CBN João Pessoa, nesta quinta-feira (18).
O questionamento foi feito porque Domiciano Cabral não tem sido visto ao lado de Pedro e Efraim, candidato ao Senado da chapa, nas atividades de rua, nem no marketing digital feito nas redes sociais do candidato. Segundo ele, é uma estratégica política da campanha.
Não preciso estar onde Pedro está. O estado é grande e a campanha é muito curta. Ele concentra mais em Campina Grande e eu na Grande João Pessoa, e assim a gente completa dessa forma", comentou Cabral.
O candidato a vice disse também que teve uma conversa bem franca com Pedro e assegurou que não há divergências, ao contrário, eles se completam devido a diferença de idade e experiência. Domiciano tem 67 anos e passagens na Câmara Federal e Assembleia Legislativa, enquanto Pedro tem quase a metade da idade, 34 anos, e está no segundo mandato como deputado federal.
Pedro é um jovem, com boa atuação no Congresso Nacional, inclusive o que ele aplica de austeridade no gabinete, de devolver dinheiro, novas propostas, a força da juventude, então tudo isso fez com que a gente se completasse", comentou.
Expulsão do PSDB
Domiciano Cabral já foi dos quadros do PSDB, mas acabou deixando o partido após o Conselho de Ética determinar a sua expulsão com base em denúncias de seu envolvimento no esquema de recebimento de propina. O caso foi divulgado na Veja em 2006.
O candidato disse que não ficou mágoas em relação ao PSDB. Disse que compreende o momento político e o que motivou usá-lo como bode expiatório por ser nordestino e não ter penetração em Brasília. Também acusou a oposição de voltar a requentar este assunto para tentar macular a sua imagem.
Eu nunca respondi processo nenhum o Ministério Público nunca me chamou nem para esclarecimento. Isso é um episódio que estão resgatando porque não encontram outra coisa para falar de mim. Sou um homem ficha limpa", afirmou.
Anel viário e Polo Turístico
O candidato disse que não pretende ser um vice figurativo e tem feito contribuições aos projetos de governo de Pedro, caso seja eleito. Uma das sugestão é um anel viário na região Metropolitana, na intersecção entre as BR-101 e Br-230.
"Foi algo que propus quando era deputado. Teria uma ponte em Cabedelo até Lucena, na Br-101, cruzando a BR-230, e cruzando de novo a BR-101, chegando na PB-08", explicou.
Domiciano também defendeu a continuidade do projeto do Polo Turístico cabo Branco, iniciado mais efetivamente na gestão do atual governador João Azevêdo. Para ele, é um projeto que já venceu as etapas problemáticas de licenciamento ambiental e precisa ser tocada, independente de de qual governo foi.
Escritório em São Paulo
Outra proposta defendida por Domiciano Cabral, é a criação de um escritório de representação da Paraíba em São Paulo, para atrair investidores privados para o estado. "A ideia é atrair grandes investidores para a Paraíba, para dar mais emprego para esta juventude e criar mais condições de profissionalismo em escolas técnicas", comentou.
Segundo Domiciano disse que Pedro sabe zelar pelo dinheiro público e tem essa preocupação com o desenvolvimento do estado, sobretudo na área da educação.
Comentários